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Lucro líquido da Engie cresce 16,7% e atinge R$ 2,8 bilhões

Foto: divulgação

A ENGIE Brasil Energia registrou lucro líquido ajustado no ano de R$ 2,8 bilhões no ano passado, crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior.

O Ebitda ajustado foi 3,8% menor do que no ano anterior, chegando a R$ 6,9 bilhões. Excluindo-se o reconhecimento da repactuação do risco hidrológico ocorrido em 2021, a elevação do lucro líquido foi de 109,6% e o incremento no Ebitda alcançou 23,4%.

A receita operacional líquida superou R$ 11,9 bilhões no acumulado do ano, valor 5,1% abaixo do registrado no ano anterior, resultado da redução da receita de construção das linhas de transmissão, decorrente do avanço das obras e de menor receita das operações de trading.

Estes efeitos foram atenuados pelo aumento de 4,3% no volume de energia vendida (37.932 GWh, 4.330 MW médios), sem considerar as operações de trading, e também pelo maior preço médio de venda, que atingiu R$ 222,85/MWh, valor 11,5% superior ao registrado no ano anterior.

A elevação foi motivada pela atualização monetária dos contratos vigentes, pela redução dos ressarcimentos previstos nos contratos no ambiente regulado e pela aquisição dos conjuntos fotovoltaicos Floresta e Paracatu, ativos com energia contratada a preços superiores à média do restante do portfólio da companhia. Estes efeitos foram parcialmente atenuados pela redução nos preços do mercado de curto prazo, em decorrência, principalmente, da melhor hidrologia.

INVESTIMENTOS

No ano passado, a empresa investiu R$ 3,1 bilhões, divididos entre a aquisição de projetos de geração renovável, construção de novos projetos de transmissão e geração, e manutenção, revitalização e modernização do parque gerador.

No âmbito da geração, a implantação do Complexo Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, chegou ao final do ano em estágio avançado e deve entrar gradualmente em operação a partir do primeiro trimestre deste ano.

O crescimento em renováveis se fortaleceu ainda com o anúncio do início da implantação de outros dois projetos.

O primeiro é o Conjunto Eólico Serra do Assuruá, localizado em Gentio do Ouro (BA), com 846 MW de capacidade instalada e investimento da ordem de R$ 6 bilhões.

O segundo é o Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, em Assú (RN), que terá 752 MW de capacidade instalada e investimentos de R$ 3,3 bilhões, situado em área contígua às usinas fotovoltaicas que a companhia já opera no município.

Já no Norte do país, o Sistema de Transmissão Novo Estado avançou à fase final de construção, para entrar em operação integral no primeiro trimestre deste ano, com a energização total dos 1,8 mil quilômetros de linhas e operação de subestações nos estados do Tocantins e Pará.

A partir deste ano, também será iniciada a implantação do projeto Gavião Real, integrado ao sistema Novo Estado, e que é composto pela ampliação da subestação Itacaiúnas, com implantação de dois transformadores 230/138kV e novo pátio de 138 kV para atendimento da rede de distribuição de energia do estado do Pará.

O prazo limite para o início da operação da linha de transmissão é 30 de março de 2026, mas a empresa visualiza antecipação desse prazo em ao menos 24 meses, além de uma redução de capex da ordem de 30% sobre o investimento previsto pela Aneel.

Dividendos e juros sobre capital próprio: o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 1,455 bilhão. O total de proventos relativos a 2022 será equivalente a 100% do lucro líquido ajustado.

Desempenho das ações: as ações registraram crescimento de 6,1%, enquanto o Índice do Setor de Energia Elétrica (IEEX) e o Ibovespa valorizaram 3,1% e 4,7%, respectivamente. No acumulado do ano passado, o volume médio diário de negociação alcançou R$ 66,8 milhões, acréscimo de 10,9% em relação ao ano anterior.

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