Por Roberto Vilela, consultor empresarial e estrategista de negócios.
O dia a dia no campo dos negócios é como uma constante caçada, na qual é preciso estar sempre atento, preparado e munido de boas estratégias, além de ser ágil para não deixar as oportunidades passarem. O que diferencia um vendedor mediano de um verdadeiro caçador de negócios, principalmente em mercados competitivos ou em cenários voláteis, é o seu empenho na própria evolução, para saber lidar com os desafios que forem apresentados.
Algumas características definem um bom caçador de negócios, entre elas a dedicação em conhecer o terreno em que atua. Assim como na natureza, na selva corporativa não há espaço para amadorismo e por isso é preciso saber onde se quer chegar e o que é preciso para alcançar o objetivo. Conhecer o espaço em que vai atuar, o público-alvo, antever a burocracia e empecilhos que precisará enfrentar e ponderar onde faz mais sentido a oferta de tal produto/serviço são cuidados primários para tornar o sucesso mais provável.
Outros fatores determinantes são o relacionamento e a busca por conexões de valor. Seja com o cliente, com parcerias estratégicas, colegas do ramo ou quaisquer outras pessoas que possam somar de alguma forma, ou até mesmo ajudar em momentos difíceis, nutrir bons relacionamentos é muito importante.
E, assim como fortalecer a entrada no mercado, criar estratégias para se manter ativo mesmo em momentos de adversidade é essencial e uma medida para isso é apostar na diversificação. Se reinventar, automatizar processos, aproveitar as oportunidades de estender o alcance, apresentar novidades, são ações necessárias para se manter sempre atual. Nesse mesmo sentido, estar aberto às evoluções trazidas com a tecnologia é fundamental.
Mas acima de tudo, lembrar que o vendedor nunca deve perder sua essência a ponto de esquecer que o seu objetivo final é a venda, independentemente dos degraus que subiu na carreira e do nome que construiu.
Por fim, algumas atitudes e características devem ser evitadas no mundo dos negócios, como posicionamentos radicais, inconsistência na atuação, falta de discernimento, incapacidade de lidar com situações desagradáveis ou de pedir ajuda quando necessário, são algumas delas.
Ser um bom caçador de negócios independe de sorte, mas tem muito a ver com disposição em aprender, ter iniciativa e saber quando é hora de buscar o apoio de quem tem mais gabarito. Em meu livro que divide o título com este artigo, aprofundo as ideias aqui apresentadas, assim como outras, para ajudar quem quer estar entre os melhores nessa caçada.