Santa Catarina tem 178 mil pessoas entre 15 e 29 anos que não trabalham e nem estudam, fazendo parte da chamada geração nem-nem.
O número representa 10,6% dos jovens nessa faixa etária, o que coloca o estado com o menor percentual do Brasil. A média nacional de jovens nessa situação é de 20%.
Os dados têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) – Educação, de 2022, e foram analisados pelo Observatório FIESC.
A pesquisa registrou uma melhora entre 2019 e 2022, com redução de 38 mil jovens no número de jovens que estão nesta situação em Santa Catarina.
No estado, 377 mil jovens trabalham e estudam (22,5%), ao menos 819 mil trabalham e não estudam (48,8%) e 304 mil não trabalham, mas estudam (18,1%).
“A redução no índice da geração nem-nem é reflexo do desenvolvimento socioeconômico Santa Catarina. Nesse sentido, a FIESC desempenha um papel importante ao oferecer oportunidades de capacitações, por meio da educação profissional. No entanto, ainda persistem desafios em relação à inserção dessa faixa etária no mercado de trabalho, permitindo que os jovens desempenhem um papel mais ativo na economia catarinense”, destaca Mario Cezar de Aguiar, presidente da FIESC.
No ano passado, foram gerados 6,6 mil empregos formais para jovens de 17 a 24 anos. Segundo dados do Caged, mais da metade das vagas geradas no último ano foram ocupadas por pessoas de 18 a 24 anos. Os dados mostram uma tendência de crescimento na empregabilidade nessa faixa etária.
EDUCAÇÃO
No estado, o SENAI e SESI atuam em parceria para diminuir ainda mais a quantidade de jovens da geração nem-nem, com iniciativas e ofertas de cursos de aprendizagem, técnicos, graduação tecnológica, entre outros.
No ano passado, por exemplo, foram 175.172 alunos em busca de qualificação. Desse número, 93.636 estudantes são da faixa de 15 a 29 anos, o que representa 53,45%.
Entre esses está Laiza Favero, que estudou no Senai e trabalha na Ogochi, em São Carlos. Ela iniciou sua trajetória na empresa como aprendiz e foi efetivada como cronometrista.
“Para aumentar as oportunidades no mercado de trabalho o caminho passa pela educação. Por isso, é essencial que os estudantes recebam suporte durante o processo de qualificação, seja por meio da graduação, cursos técnicos, profissionalizantes ou especializações. Além disso, é importante oferecer atividades que incentivem o empreendedorismo e preparem os jovens para diversas áreas”, afirma o diretor regional do SENAI/SC, Fabrizio Machado.