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A essência do líder é garantir autonomia para buscar resultados

Foto: Daniel Zimmermann.

Por Adriana Bombassaro, diretora de operações da FastBuilt.

Muito se fala hoje sobre liderança. Há inúmeras pesquisas, incontáveis textos no LinkedIn e diversas palestras sobre o assunto, mas a verdade é que liderar vai muito além de “mandar” em pessoas.

Aliás, é possível dizer que essa seria uma das principais diferenças entre o chefe e o líder. Enquanto o primeiro só considera mandar em seus subordinados e esperar os melhores resultados, o segundo tem um olhar humanizado para os colaboradores e leva em consideração a jornada de cada um, garantindo autonomia para resolver os problemas.

Acredito que um líder é produto de construção. Eu, por exemplo, comecei minha jornada como estagiária em uma empresa de tecnologia e, depois de muito trabalho, cheguei à diretoria. Foram vários desafios enfrentados, mas pude provar o meu valor tanto como liderada quanto como líder.

Passei por uma grande mudança na carreira e no modo de encarar o ambiente corporativo quando decidi empreender ao virar sócia em uma startup. Com minha experiência anterior, consegui transmitir às pessoas que vieram trabalhar comigo a minha forma de ver o trabalho e solucionar os problemas dos clientes.

Eu não sou o tipo de chefe que apresenta o caminho mais rápido ou atalhos para chegar à solução. Até poderia ser, mas penso em todo o conhecimento e experiências que privarei meus colaboradores e a empresa, ao possibilitar que a equipe possa encontrar seu próprio caminho para chegar no resultado. Ao invés disso, prefiro atuar como uma líder bússola: dou um norte, mas o funcionário tem autonomia para pegar o seu próprio caminho para alcançar a melhor solução.

Deixo bem claro para as pessoas que trabalham comigo os propósitos da empresa e também o que é esperado delas. Sendo assim, todos sabem onde devem chegar e como atuar para alcançar os melhores resultados. Afinal, quando a empresa é bem sucedida, todos saem ganhando.

Portanto, ao fazer a captação de talentos para a equipe, é preciso levar em consideração o que o gestor realmente precisa. Afinal, para um cargo técnico, é possível treinar o desenvolvedor de software, por exemplo, para construir uma plataforma para os problemas dos meus clientes. Mas, além disso, é necessária uma pessoa que tenha seus próprios valores aderentes aos valores da empresa. A ética e o perfil comportamental, portanto, pesam mais do que o perfil técnico, que pode ser construído e alinhado quando a pessoa já está atuando no cargo.

O cuidado com a satisfação dos clientes vai além de desenvolver sistemas. Quando falamos de empresa de TI, logo se pensa em programadores. Mas há toda uma equipe envolvida, profissionais de marketing, especialistas que fazem a implantação, que fornecem suporte quando cliente tem dificuldades… Todos devem estar alinhados também às dores do cliente para entender o que faz sentido para a empresa dele e o que não está adiantando, não está fazendo a diferença para ele. 

Portanto, através da tecnologia garantimos conhecimento para a equipe e, a partir deste conhecimento, a autonomia faz com que cada profissional busque a melhor solução para garantir a satisfação do cliente, com seus problemas atendidos. 

Essa é a minha meta como líder: garantir que todos saibam se localizar no mapa e tomar o melhor caminho em direção ao sucesso.

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