Por Geraldo Campos, CEO da Sapienza, e Luciano Bitencourt, jornalista.
Instituições de ensino têm um ritmo próprio para lidar com aplicações práticas, especialmente quando o assunto é inovação e empreendedorismo. Processos de pré-incubação, incubação ou mesmo aceleração de negócios associados à formação e à educação empreendedora pedem uma metodologia que ofereça um ritmo em que aprendizagem e realização sejam valorizados.
Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação do Centro Universitário da Católica Santa Catarina de Joinville, Rafael Dutra, a parceria com a Sapienza mostra como é possível implementar iniciativas de empreendedorismo, aliando ensino, pesquisa e extensão, tripé essencial para a formação universitária, com retorno à sociedade.
Iniciado há cerca de um ano e meio, o projeto de biotecnologia aprovado na Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, entra agora no segundo ciclo de uma jornada empreendedora que tem ajudado a desenvolver competências complementares e transversais às necessárias para a formação de estudantes na área em que atuam.
“A Sapienza compreende que o nosso ritmo é diferente. Compreende que temos heterogeneidades muito grandes. Tanto em termos de idade, de faixa etária, quanto de experiências prévias. A metodologia respeita muito isso, é algo realmente direcionado para o setor acadêmico”, avalia o pró-reitor.
Da proposição do financiamento à formatação de projetos de empreendedorismo universitário, a Sapienza oferece suporte na estratégia, na operação e na documentação das etapas, além da metodologia. O professor Rafael enfatiza, contudo, que os trabalhos saem fortalecidos porque a relação de parceria preconiza a participação de representantes da instituição em todas as etapas.
Além da plataforma digital em que todas as atividades são realizadas e documentadas, a metodologia é estruturada em uma agenda pensada para o processo de formação, junto com aplicações práticas e entregas que marcam os passos necessários da jornada empreendedora.
“Nós conseguimos verificar o quanto nossos alunos evoluem ao longo do processo. Isso é o que tem mais significado, é o que mais materializa os resultados, é o nosso objetivo maior”, conclui.
A iniciativa do Biotech Católica, como o projeto é chamado, tem revelado que os estudantes envolvidos na jornada mostram um diferencial em relação à formação tradicional. Liderança, trabalho em equipe, comunicação, entre outras competências desenvolvidas no projeto, ampliam a atratividade do mercado.
De acordo com o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, a educação empreendedora tende a ampliar as possibilidades de formação, uma vez que se soma às já consolidadas pela tradição acadêmica. E os passos estão deixando pegadas mais sólidas a partir das jornadas de inovação e empreendedorismo.