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O potencial transformador das novas ondas de inovação

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Foto: Daniel Zimmermann/divulgação.

É importante fazermos uma reflexão sobre as revoluções tecnológicas e as novas ondas de inovação que já estão se formando. 

Uma grande transformação foi a revolução digital, que envolveu o desenvolvimento dos microchips, computadores pessoais, câmeras digitais e muitas outras tecnologias. Mas isso aconteceu há décadas.

A primeira câmera digital comercial foi lançada em 1991. Era a Kodak DCS-100, que tinha 1,3 megapixels e custava a partir de 20 mil dólares. 

Veja o quanto evoluíram as câmeras digitais, e hoje temos smartphones com câmeras com mais de 50 megapixels de resolução, e as câmeras profissionais já superam 200 megapixels. 

É um crescimento impressionante, e isso foi alcançado com uma taxa de crescimento que dobrava a capacidade a cada 2 anos, seguindo a Lei de Moore.

Agora, vamos comparar com o estado atual e o futuro da Inteligência Artificial. O que eu gostaria de enfatizar é que estamos diante de uma situação parecida: O Chat GPT que temos hoje é equivalente àquela câmera de 1,3 megapixels. É a primeira versão de uma tecnologia que está só começando, e que tem um potencial ainda maior de crescimento, porque é totalmente intangível. 

Para você ter uma ideia dessa velocidade de crescimento, a projeção de aumento na capacidade de processamento dos sistemas de IA é de 10x por ano. Ou seja, em 3 anos, serão 1000 vezes mais poderosos. E, em 6 anos, mantendo esses múltiplos, terão 1 milhão de vezes mais poder de processamento . E assim sucessivamente. 

Pense nisso: Estamos diante de uma nova tecnologia que cresce numa curva exponencial de base 10. É algo inédito na história da humanidade. A capacidade de inovação a partir desse desenvolvimento tecnológico é praticamente infinita. 

Mas tem mais: Estamos nos aproximando rapidamente para uma grande revolução em outra área, que não é tão comentada: A Genética. 

A capacidade de editar, ajustar e recriar DNA usando tecnologias cada vez mais sofisticadas. Em uma curva exponencial negativa de preço. Ou seja: Procedimentos que há 10 anos custavam 1 milhão de dólares, em breve vão custar menos de 100. 

Essa é a nova onda de revoluções tecnológicas: Inteligência Artificial e Biologia Sintética. A capacidade de criar novas inteligências e novas formas de vida.

A convergência dessas duas tecnologias têm um potencial transformador incalculável. E essa pode ser a base para uma revolução positiva para a humanidade, ajudando a resolver problemas reais da sociedade, como saúde, produção de alimentos, controle climático, poluição, geração de energia, distribuição de trabalho e renda. 

É claro que nem tudo são flores. Uma nova tecnologia tão poderosa também tem potenciais negativos. Agentes do caos podem tentar utilizar as novas ferramentas para fins destrutivos, e mesmo o desenvolvimento sem controle pode gerar acidentes com grandes consequências. Por conta disso, controles efetivos precisam ser criados para que essas novas tecnologias sejam usadas para o bem. O conceito de contenção sempre precisa ser considerado diante de tecnologias com tanto impacto. Aconteceu com a Energia Nuclear, por exemplo, demandando grande comprometimento das potências mundiais para controlar o perigo. E a situação é ainda mais complexa quando se fala de tecnologias muito mais fáceis de disseminar. É um grande ponto de atenção para os líderes globais. 

Mas o futuro é cada vez mais promissor. O lado positivo das novas tecnologias pode superar em muito o seu potencial negativo. E uma infinidade de novos negócios será gerado a partir da grande convergência tecnológica da nossa era: Inteligência Artificial e biologia sintética. 

Prepare-se, porque, Como a câmera de 1.3 megapixels de 1991… o que vimos até agora é apenas o começo. 

Mergulhar de cabeça nessa nova onda de inovação é uma grande oportunidade de sair na frente, criar novos negócios ou transformar negócios que já existem. As possibilidades realmente são infinitas. 

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing, fundador da Nexia Branding e sócio-fundador do Fluxo.

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