Por Roberto Vilela, consultor empresarial e estrategista de negócios
O termo “livre-arbítrio” nos lembra da liberdade intrínseca à nossa existência, mas também carrega consigo a inquietante lembrança da responsabilidade que recai sobre nossas escolhas individuais. Em um universo vasto de possibilidades, somos os artífices de nosso destino, moldando a trajetória de nossa história com base nas decisões que tomamos ao longo do caminho. Essas escolhas que fazemos em diferentes fases da vida não são meros pontos no tempo; são sementes plantadas que germinarão em resultados diversos no futuro.
Abandonar a tendência de terceirizar responsabilidades e desistir da lamentação pelas oportunidades que nos foram apresentadas é essencial para quem busca crescimento pessoal e, principalmente, profissional. Devemos concentrar nossa energia nas possibilidades que podemos conquistar. A compreensão precoce da responsabilidade e liberdade de escolher nossa própria trajetória, fundamentada em nossas convicções, é um passo crucial.
Nesse caminho da existência marcado por escolhas, existem alguns pontos que podemos levar em consideração, que poderão nos ajudar a fazê-las da melhor maneira. Em primeiro lugar, é fundamental abandonar o medo do erro, pois este é um componente inerente ao processo de aprimoramento pessoal e profissional. O erro é o solo fértil onde floresce a experiência e o conhecimento. Lembre-se também que correr riscos é parte integrante do processo de evolução, e que a persistência se revela muitas vezes como a chave que desbloqueia portas ao longo do percurso.
Além disso, criar nossos próprios cenários é uma prática valiosa. Não devemos simplesmente nos conformar com o que está estabelecido pela comunidade, mas, sim, buscar novos horizontes e desafios. Outro ponto importante é a busca pela excelência em tudo o que fazemos, essa atitude nos impulsiona na direção do sucesso.
Questionar as verdades absolutas também é uma prática saudável durante a trajetória, pois tanto a vida quanto o mercado são dinâmicos – e o que é considerado verdade hoje pode não ser mais válido em um futuro próximo. Em relação às dificuldades encontradas pelo caminho, é prudente dividir os desafios de forma gradual, priorizando o que é mais complexo, assim o restante será de mais fácil solução. Revisar cuidadosamente o que desenvolvemos e evitar precipitações são outros hábitos que contribuem para o progresso constante.
Por último vale ressaltar que o aprimoramento contínuo é uma bússola confiável e que acreditar na própria competência e no potencial transformador de nossas habilidades nos impulsiona na construção da nossa própria história.
À medida que iniciamos um novo ano, é importante reconhecer que temos à nossa frente um vasto território de escolhas a serem feitas. Cada dia é uma oportunidade de definir conscientemente os passos que nos aproximam da pessoa e do profissional que desejamos nos tornar. Assim, que possamos abraçar o livre-arbítrio com sabedoria, entendendo que somos os principais autores de nossa história, capazes de moldar um futuro repleto de realizações e significado. E que ter o livre-arbítrio significa ser também responsável pelas consequências da nossa trajetória, positivas ou negativas.
