A Design Week, realizada em São Paulo na última semana, é um testemunho eloquente da necessidade viva de revitalizar e reintegrar construções históricas no cerne de manifestações culturais e artísticas contemporâneas.
O evento, que já se firmou como o principal da América Latina em seu segmento, não apenas reuniu arquitetos, artistas e designers de renome, mas também reacendeu o entusiasmo do público por espaços até então inexplorados na vibrante capital paulista.
Esta iniciativa singular desdobrou-se em uma vivência imersiva em edificações emblemáticas, como o edifício Misericórdia, uma joia arquitetônica prestes a ser rejuvenescida pelo Grupo Tokyo, e o majestoso Martinelli, cujo rooftop se abriu para visitação após um longo hiato imposto pela pandemia.
Não menos impressionante foi a programação no Circolo Italiano, com a BoompSPDesign, que congregou uma audiência internacional em torno de exposições que transcendem o ordinário.
O que mais me cativa na Design Week é sua capacidade de democratizar o acesso à arte e cultura de alta qualidade, oferecendo eventos gratuitos que dialogam não apenas com a estética, mas com a essência e a história dos espaços que ocupam.
Esta abordagem não apenas enriquece a experiência artística, mas também estabelece um vínculo mais profundo e significativo com o público. E para mim, os eventos e experiências de marca num geral precisam mais disso.
Cada um desses edifícios, ao abrir suas portas para a Design Week, não apenas proporcionou um cenário para a exposição de inovações, mas também reafirmou a conexão intrínseca entre o patrimônio construído e a expressão cultural contemporânea em eventos.
A preservação e o uso inovador desses espaços não apenas enriquecem nossa experiência, mas também tecem a narrativa de uma cidade que valoriza e celebra sua história ao abraçar o futuro. Que o exemplo da DW possa ser celebrado e replicado em todo o Brasil.