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Precisamos educar nosso pensamento para o sucesso

Foto: divulgação.

Antes de você concluir a leitura do primeiro parágrafo desse texto, tenho um pedido. Faça – agora – uma auditoria do seu corpo. Preste atenção e responda para si mesmo: o que meu corpo está dizendo neste exato momento?

Ele está aberto ou fechado a novas oportunidades? Está tímido ou completamente à vontade? As pernas estão cruzadas ou livres?

Amy Cuddy, uma das mais respeitadas palestrantes internacionais e pesquisadora sobre o comportamento humano, afirma que existem posições responsáveis por estimular nossa mente e nos tornar ainda mais poderosos para enfrentar os desafios sejam pessoais ou profissionais.

A maneira que você está neste momento (sentado, em pé, agachado, deitado) pode significar mais cortisol (hormônio do stress) ou a testosterona (hormônio dominante) no seu corpo. Depende de sua postura.

Desde o momento em que nos levantamos da cama até a volta para dormir passamos 80% de todo esse tempo nos comunicando. E se o corpo fala, nossa Comunicação Não Verbal é essencial para uma linguagem assertiva.

Albert Mehrabian, pesquisador pioneiro na arte de entender a linguagem corporal, identificou que toda a comunicação interpessoal passa pelo conteúdo verbal (7%), vocal (38%) e o não verbal (55%). Olha o ‘peso’ que o conjunto corporal tem na hora de nos comunicarmos. Mais da metade de todo o conjunto da ‘obra’ em comunicar passa pela linguagem corporal.

O corpo jamais mente e o todo o orador precisa saber disso. Se o foco está no erro, a mente vai ‘mandar’ o corpo errar e ele vai obedecer. É um ciclo inevitável. Se subo no palco acreditando que estou nervoso, que vai dar o branco que não darei conta do ‘recado’ sou um forte candidato a fracassar perante o meu público. Quando a mente acredita estar em perigo o corpo todo padece. E o pior: erramos sem perceber.

Quem nunca já não viu alguém suar frio lá na frente, gaguejar, passar um verdadeiro sufoco ao falar para um grupo de pessoas. Você, na plateia, ficou tão preocupado que torceu para que a cerimônia acabasse logo para não sofrer ainda mais com a exposição do orador inexperiente.

Como somos corpo e mente precisamos educar nossos pensamentos para o sucesso, para as conquistas e para ser aplaudido pelas multidões. E olha que boa notícia: a mente humana não consegue distinguir entre o real e o imaginário. Então por que prever o pior, antecipar algo que nem ainda começou?

A primeira dica que dou em minhas palestras e mentorias sobre oratória é: foco no que dará certo, no sucesso, na desenvoltura de sua apresentação. Beba água e pare de pensar no roteiro, na falha, no que a plateia vai achar e julgar.

Apaixone-se por você e pelo tema que vai apresentar. Tenha prazer em subir ao palco e falar sobre algo que domina.

A plateia espera o mínimo de você – a preparação – e sabe que jamais alguém em sã consciência vai assumir um compromisso em público sem ao menos ter noção do que vai fazer por lá. O público já imagina que você está no palco por que tem capacidade para isso.

Uma pergunta que faço para os meus alunos é: em que você é apaixonado? Se a resposta for medicina, fale sobre medicina. Se for sobre tecnologia, busque espaço para compartilhar suas experiências tecnológicas.

Ninguém nasce pronto em nada e muito menos com a arte de falar bem. É preciso técnica e principalmente conhecer as ferramentas que nos habilitam a ser um comunicador assertivo. Quem não domina a linguagem corporal erra, compromete a informação e nem percebe isso.

Já quando temos consciência respiramos corretamente, temos postura no palco, falamos sem pressa e principalmente deixamos o corpo aberto para uma comunicação sem ruídos.

Outra dica de ouro: não invente. Se o corpo não mente ele também vai te entregar para a plateia ao tentar fazer algo que não é seu, não tem perfil e não é sua praia.

Encontre seu jeito, sua forma de falar, expressar e ganhe a plateia. Esqueça estereótipos, artistas, famosos. Lembre-se apenas que você é único e tem um jeito próprio de se comunicar – seja com as 8 bilhões de pessoas no mundo ou com as oito pessoas que vão te ouvir em uma sala durante uma reunião de trabalho.

O que seu corpo diz agora? Abra-se, junto com a mente, para o novo, para as mudanças. Ajuste-se para o sucesso e configure seu cérebro para prever o melhor, o magnífico, o que deu certo antes mesmo de começar.

Descubra quem você é, e em que pode transformar-se. Coloque aquela roupa que te dá coragem mental, autoconfiança. Encontre entusiasmo genuíno para você trabalhar com o que ama.

Eu amo falar em público. E você?

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Especialista em comunicação, mentor, professor de oratória, assessor de imprensa e palestrante.

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