Infelizmente, a expansão das soluções financeiras online (também chamadas de Fintechs) e a implementação do Pix no Brasil trouxeram consigo uma enorme gama de crimes virtuais. Desde ataques de trojans bancários até arquivos de malware mais sofisticados, os cibercriminosos têm explorado as vulnerabilidades do ecossistema bancário digital brasileiro e trazido riscos significativos para a segurança financeira da população nos últimos anos.
Mas os consumidores brasileiros não precisam ficar de braços cruzados. De fato, ao aplicarem medidas proativas e permanecerem vigilantes, eles podem proteger suas informações financeiras e evitar com sucesso essas ameaças.
Aqui estão sete passos práticos que podem ser feitos para se tomar as rédeas da situação e fortalecer suas defesas contra os criminosos financeiros.
1. Melhorar a segurança cibernética
Primeiramente, deve-se dedicar uma atenção especial à segurança cibernética. Manter programas e sistemas de segurança atualizados, por exemplo, é indispensável. Muitos especialistas recomendam que os usuários habilitem as atualizações automáticas para garantir a correção de vulnerabilidades e manter ativas as proteções contra infecções com malware.
Além disso, é uma boa ideia usar ferramentas adicionais, como uma conexão VPN (ou rede virtual privada), para agregar uma camada extra de segurança à navegação online e criptografar os dados transmitidos pela internet.
2. Manter-se informado
Ter conhecimento do que está acontecendo no mundo cibernético é primordial na luta contra as fraudes financeiras. Os usuários devem, portanto, informar-se sobre as mais recentes táticas de fraude e golpes na internet, seja acompanhando notícias de fontes confiáveis ou assinando boletins informativos de organizações especializadas no assunto.
Estar informado (e compartilhar essas informações com familiares e amigos) permite que os indivíduos reconheçam ameaças potenciais e respondam adequadamente a elas antes que um desfecho danoso ocorra.
3. Proteger documentos pessoais
É de suma importância que os internautas deixem seus documentos confidenciais, como cartões de crédito e extratos bancários, em um local seguro. Especialistas recomendam que se descartem documentos desatualizados, rasgando-os ou rasurando-os antes de jogá-los no lixo, para evitar acesso não autorizado a informações pessoais.
Minimizar a exposição a dados confidenciais reduz o risco de roubo de identidade e fraude financeira; assim, uma atenção especial deve ser dada ao armazenamento e descarte desses arquivos.
4. Monitorar as atividades da conta
Outra medida que deve ser adotada é revisar regularmente os históricos de transações em busca de sinais de atividades suspeitas. Uma estratégia bastante útil, neste sentido, é configurar alertas de transações em forma de notificações em tempo real no celular, para detectar imediatamente a ocorrência de cobranças não autorizadas.
O monitoramento diligente das contas permite que os usuários identifiquem e resolvam prontamente atividades fraudulentas, evitando prejuízo e dores de cabeça.
5. Ter cuidado com ofertas não solicitadas
Um dos meios mais populares de ludibriar os usuários é por meio de mensagens ou e-mails não solicitados (o chamado phishing). Por isso, deve-se ter uma cautela especial ao responder a essas comunicações, evitando, sobretudo, compartilhar informações pessoais ou enviar dinheiro em resposta a elas.
Confiar nos seus instintos e verificar a legitimidade das ofertas antes de tomar qualquer ação podem ser medidas sábias para mitigar o risco de ser vítima de golpes financeiros.
6. Utilizar senhas fortes e autenticação multifatorial
Sua segurança é apenas tão eficiente quanto suas senhas de acesso. Então, busque implementar códigos complexos, com uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
Além disso, habilitar a autenticação multifatorial permitirá que, mesmo na ocasião do comprometimento de suas senhas, suas contas permaneçam protegidas.
7. Ter cuidado com chamadas telefônicas
Com os avanços da inteligência artificial, muitos golpes passaram a recorrer a deep fakes e vozes clonadas em chamadas telefônicas. Assim, é fundamental que os usuários estejam atentos e não divulguem informações confidenciais por telefone, evitando especialmente responder afirmativamente a perguntas que possam ser usadas para autorizar cobranças fraudulentas.
A melhor saída é ter uma postura cética em relação a chamadas que afirmem representar agências policiais, bancárias ou governamentais – afinal, entidades legítimas não costumam solicitar informações confidenciais por telefone! Em caso de dúvida, encerre a chamada e contate diretamente a entidade por um número oficial.
Ao seguir essas medidas preventivas, os usuários poderão reduzir significativamente os riscos de fraude e realizar suas transações financeiras com tranquilidade e segurança.