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Como esta startup ajuda operadoras de saúde a evitarem prejuízos com fraudes

Foto: divulgação.

No Brasil, mais de 51 milhões de pessoas possuem algum plano de assistência médica, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Em contrapartida, as operadoras de saúde vem sofrendo grandes prejuízos por conta de fraudes e desperdícios, somando um furo orçamental de R$ 34 bilhões, segundo Estudos da Saúde Suplementar.

Esses prejuízos impactam a sinistralidade e o desempenho operacional das operadoras. Como fazem parte dos custos, afetam diretamente o bolso dos pacientes dos planos de saúde

Para reduzir os riscos de fraudes e suas consequências, a paranaense Wellbe desenvolveu uma plataforma whitelabel de gestão de saúde corporativa. Com inteligência de dados e tecnologia de automação, ela auxilia no gerenciamento dos planos de saúde empresariais, que representam a maioria dos tipos de contratação no Brasil. 

O Economia SC Drops conversou com o CEO da startup, Guilhermino Afonso, para saber mais da solução e do mercado de gestão de saúde corporativa no Brasil. Leia na íntegra:

Como você analisa a evolução do mercado de gestão de saúde corporativa no Brasil e quais são as principais tendências em termos de tecnologia e inovação?

Guilhermino: O mercado de gestão de saúde evoluiu muito nos últimos anos, muito porque os custos de saúde continuam aumentando e algumas tecnologias de ponta têm ficado mais acessíveis. Antes, os programas de saúde eram apenas in loco e focados em uma condição de saúde única. Hoje, tecnologias como BigData, Analytics, Telemedicina e Inteligência Artificial nos permitem fazer, de fato, Navegação em Saúde e Cuidado Integral. Já é possível identificar qual condição de saúde o paciente tem ou poderá desenvolver nos próximos anos, acompanhar de maneira personalizada esse paciente digital e presencialmente (phygital) e monitorar o impacto desta ação de saúde de maneira clínica e financeira. 

Quais são os maiores desafios enfrentados pelas operadoras de saúde atualmente e como a Wellbe está contribuindo para superá-los?

Guilhermino: A sustentabilidade do setor de saúde é o grande desafio. Os custos de saúde seguem altos e o pagador (empresas e pessoas físicas) já não conseguem absorver aumentos (14% a média de 2023). Para ajudar as operadoras neste desafio, a Wellbe tem levado ao mercado uma abordagem de gestão de saúde populacional de ponta a ponta. Nossas soluções ajudam a identificar não apenas os principais gastos em saúde hoje, mas também predizer os próximos, monitorar (navegar) esse paciente de maneira personalizada e mensurar o que realmente está trazendo impacto positivo para reduzir desperdícios. Além disso, soluções para combater a fraude no setor, que estima-se em R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões anualmente.

Com o aumento da conscientização sobre saúde preventiva, qual é o potencial de crescimento para soluções como as oferecidas pela Wellbe?

Guilhermino: Já é amplamente conhecido que a saúde preventiva traz imensos benefícios para o paciente em termos de saúde,  para empresa e operadora em termos de custo. Com o aumento da conscientização as empresas irão investir mais em saúde preventiva e usar dados nas tomadas de decisão, sendo assim mais eficientes nos seus investimentos de saúde. Dessa forma, vai se criar um círculo virtuoso: ter acesso aos dados nos torna mais efetivos em ações de saúde, o que impacta em melhorias e nos custos. Isso dá mais confiança para as empresas investirem em saúde preventiva, o que aumenta a demanda por soluções de gestão de saúde como as oferecidas pela Wellbe.  

Como a utilização de dados está impactando a forma como as empresas lidam com os planos de saúde de seus colaboradores e como a Wellbe está liderando nesse aspecto?

Guilhermino: O impacto é alto porque a lógica é alterada. Antes, as empresas aguardavam o reajuste do plano de saúde anualmente e tentavam negociar um reajuste menor ou mudança de plano para buscar uma economia. Quando utilizamos dados podemos identificar de maneira preventiva e preditiva os nossos principais problemas de saúde e atuar neles. Isso traz um impacto na redução de sinistralidade e, consequentemente, reajustes menores. 

Com a digitalização cada vez maior dos processos de gestão de saúde, como você vê o papel das empresas de tecnologia, como a Wellbe, na transformação desse mercado?

Guilhermino: Temos um papel principal neste processo de transformação do mercado, porque as empresas que contratam o plano de saúde não são especialistas em gestão de saúde. Elas contam com empresas como a Wellbe que buscam sempre novas tecnologias para trazer soluções de saúde personalizada de maneira acessível ao mercado. 

Quais os próximos passos da Wellbe?

Guilhermino: Nosso objetivo é impactar 4,5 milhões de vidas. Para isso, estamos levando soluções que atendem a jornada completa de gestão de saúde populacional para corretoras e operadoras de plano de saúde. 

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