Por Bárbara Morais, especialista em pessoas e estratégia, fundadora da Aestra, consultoria especializada em gestão e negócios.
Recentemente estive em um evento cujos participantes eram empreendedores, diretores, gerentes, coordenadores, ou seja, altos líderes empresariais e, em meio aos conteúdos tratados naquele momento, algumas pessoas começaram a sinalizar a importância de as empresas continuarem olhando para a saúde e longevidade das pessoas e consequentemente a perenidade dos negócios.
Como num coro pronto muitos diziam “as empresas estão doentes”, outros, “as lideranças estão doentes”, outros ainda, “a gestão está doente”. De fato, não podemos negar que enfrentamos tempos desafiadores.
O que leva a um desejo quase que extinto de jovens serem líderes, visto que, como poderiam se inspirar a estar nesse lugar onde se vê níveis tão altos de estresse e outros ainda mais altos de adoecimentos.
De acordo com estudo realizado pela Visier, nos Estados Unidos, apenas 38% dos jovens entrevistados demonstraram vontade de se tornarem comandantes em suas empresas atuais. A disparidade entre os gêneros é ainda mais evidente, com apenas 32% das mulheres expressando esse desejo.
De acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros já sofrem com a síndrome de burnout, uma doença ocupacional reconhecida e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022. Atualmente, o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados no mundo.
Esgotamento, saúde afetada ou mesmo parte da sua vida comprometida, é ou não é um preço alto demais? Para alguns, um título ou um salário diferenciado, por si só, já não compensa. E em meio a tudo isso, e na busca de encontrar uma forma para apoiar as empresas e esses líderes a estarem mais bem ajustados nas expectativas das entregas, no processo de orquestramento entre o resultado e limite humano, é que surge um líder que não pode ser esquecido, assim como nenhum outro das empresas: “o profissional de RH”.
E neste mesmo evento vi estas mesmas pessoas mencionarem que esse profissional e líder de RH também precisa de apoio, afinal, estar no topo da pirâmide que serve ao desenvolvimento de pessoas e organizações é um lugar de grande responsabilidade, visto o trabalho com a ativo mais peculiar que uma empresa pode ter, ativo este que guarda e promove todo o processo de desempenho, melhoria, crescimento e inovação: o ser humano.
É preciso cuidar de quem cuida dos demais colaboradores e líderes, promovendo e priorizando estrutura, investimentos, reconhecimento, desenvolvimento e sim, gestão humanizada para que tenhamos nessa área profissionais prontos a servir a organização com o que ela precisa para seu pleno desenvolvimento e crescimento, como: a Aquisição de Talentos, Engajamento, Gestão de Mudanças, Produtividade, Promoção da Integridade Humana, Bem-estar, Impacto Social e o tão necessário Lucro. Afinal, a resultante de qualquer profissional que performa dentro ou acima do esperado, e dá a sua efetiva contribuição para a performance organizacional naquilo a que lhe foi confiado executar, é o que na visão global, contribuirá para os resultados lucrativos e longevos de uma empresa.
CEOs, Presidentes e Diretores que valorizam e priorizam a área de RH na sua estratégia, verdadeiramente, desempenham melhor os seus negócios, afinal esse RH tem o papel fundamental de integrar esses colaboradores para a máxima performance da organização e do seu plano estratégico. Para isso é preciso estar atento, acompanhar e apoiar estrategicamente lideranças e todos os profissionais de RH.
Esse artigo é dedicado a todos os CEOs, empresários, líderes e profissionais de RH que escolhem todos os dias empregar, desenvolver e apoiar a evolução de pessoas e negócios.