Só no primeiro semestre do ano passado, o Brasil teve quase 430 mil empresas fechando as portas, de acordo com levantamento feito pela Contabilizei, baseado nos dados da Receita Federal. O início deste ano também não foi dos melhores: segundo relatório da Serasa Experian, o número de negócios que começaram o ano endividados subiu para 6,7 milhões, ao menos 300 mil a mais que no ano passado. A soma das dívidas dessas empresas chegou a R$ 127,8 bilhões, evidenciando um agravamento da crise financeira.
Uma boa gestão operacional é fundamental para evitar crises em uma empresa, garantindo a eficiência e a continuidade dos negócios. Por meio do planejamento estratégico, da alocação adequada de recursos e da implementação de processos otimizados, é possível minimizar desperdícios, reduzir custos e aumentar a produtividade. Além disso, a capacidade de adaptação e resposta rápida às mudanças do mercado permite que a empresa se antecipe a possíveis problemas e aproveite oportunidades, assegurando sua sustentabilidade e competitividade a longo prazo.
Para saber mais sobre esse assunto e a importância da gestão operacional para negócios, o Economia SC Drops conversou com Eduardo A. Custódio dos Santos, administrador e sócio da Horus Performance em Gestão. Confira abaixo:
Quais são os maiores desafios enfrentados pelas empresas brasileiras na gestão de processos operacionais?
Eduardo: Devido a constantes mudanças na forma de consumo e competitividade do mercado, atualmente os principais desafios das empresas quando relacionado a processos operacionais, entendemos que são:
- Ausência de efetividade dos softwares de gestão, que por muitas vezes não estão adequados à nova realidade da companhia;
- A falta de clareza na comunicação e registro das rotinas, geram inúmeras incertezas do time na execução e manutenção dos processos;
Como a eficiência operacional pode impactar diretamente na competitividade de uma empresa?
Eduardo: Com certeza, eficiência operacional é um dos principais pilares para que a empresa entregue performance no mercado em que atua, pois obtendo uma eficiência adequada, irá atingir os objetivos e metas propostas, consequentemente resultados tanto financeiros como econômicos.
Como a digitalização e a tecnologia estão transformando os processos operacionais nas empresas?
Eduardo: Quando muito bem estruturados, alinhados ao planejamento, cultura, estrutura da companhia, tem demonstrado ser um dos grandes alicerces para que a empresa consigo prosperar, desenvolvendo melhorias contínuas frequentemente, redução de exposição a riscos e maior eficiência produtiva.
O que é fundamental para o desenvolvimento de um planejamento estratégico eficaz?
Eduardo: Na prática, o planejamento estratégico é um processo pelo qual uma empresa ou organização define sua direção e objetivos de longo prazo, bem como as estratégias e ações necessárias para alcançá-los. Desta forma, é fundamental estabelecer uma comunicação eficiente com todas as áreas envolvidas, para que todo o time tenha conhecimento e competência para avaliar, executar e corrigir rotas, para o atingimento dos resultados propostos no planejamento estratégico.
Quais tendências emergentes você vê no campo da gestão e planejamento estratégico nos próximos anos?
Eduardo: A área da gestão em si é muito ampla, mas podemos destacar que, a digitalização dos processos será algo muito presente na rotina das empresas, a adoção de tecnologia de inteligência artificial, análise de dados e experiência do cliente, serão temas explorados pelos gestores nos próximos anos.