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Exportações de SC caem 10,6% em maio

Foto: divulgação.

As exportações de Santa Catarina somaram US$ 1 bilhão em maio. Apesar do montante, o valor representou queda de 10,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

No acumulado do ano, o estado atingiu US$ 4,6 bilhões em vendas internacionais, valor 3,8% menor do que em igual período do ano passado.

A redução está ligada à desvalorização do preço de commodities relevantes para a pauta exportadora do estado e afetam também os preços de vendas externas de proteína animal. 

A soja teve o maior impacto negativo, com exportações recuando 64,2%, para US$ 61,25 milhões, devido à desaceleração da demanda chinesa e ao aumento da oferta no mercado global, resultante do bom desempenho das safras na América do Sul.

Na mesma linha, a carne suína apresentou redução de 12,3% no valor mensal exportado, para US$ 115,28 milhões, reflexo da diminuição da demanda da China. Já em relação às carnes de aves, apesar de continuarem liderando a pauta exportadora do estado, com vendas de US$ 145,24 milhões, as exportações recuaram 10,2%.

O fato positivo para o setor alimentício, conforme avalia o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, é o aumento da participação de países latino-americanos, como Chile e México, nas compras da proteína animal produzida em SC:

Esse último, por exemplo, zerou as tarifas de importação para produtos da cesta básica, o que estimulou o consumo. Além disso, houve crescimento no embarque do produto catarinense para países do Oriente Médio, como Iraque e Catar”.

De acordo com o Observatório FIESC, entre os setores que apresentaram desempenho positivo no mês, destaque para as exportações de madeira e móveis, impulsionadas pela melhoria no mercado imobiliário do Estados Unidos. As vendas externas do segmento somaram US$ 146 milhões, um acréscimo de 15,4%. Os maiores aumentos foram registrados na exportação de madeira compensada e móveis.

Outro setor que apresentou alta na pauta exportadora foi o de equipamentos elétricos, que teve expansão de 29,3%. Dentro do segmento, os motores elétricos, terceiro item mais vendido pelo estado, tiveram um aumento de 51,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior e somaram US$ 67,23 milhões em exportações.

Esse crescimento está, em parte, ligado à expansão da indústria de carros elétricos nos EUA, que apresentou uma elevação de demanda em função dos preços competitivos em relação a veículos de outras fontes energéticas ou mesmo híbridos”, afirma o economista Marcelo Albuquerque, do Observatório FIESC. 

O setor automotivo cresceu 5,6% em maio deste ano frente ao mesmo mês do ano passado, puxado pelas vendas de partes de motor

IMPORTAÇÕES

O estado atingiu a marca de US$ 2,6 bilhões em maio em importações, valor 4,4% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

O desempenho teve a contribuição das compras de insumos da indústria plástica, metalmecânica, metalúrgica, automotiva e de equipamentos elétricos.

Esse movimento foi estimulado pelo aumento da produção industrial no início do ano. Dos cinco principais produtos comprados por Santa Catarina no mês analisado, quatro registraram crescimento em maio contra igual período do ano anterior.

O cobre, por exemplo, apresentou uma expansão de 64,3%. O aumento resulta da valorização do preço internacional do produto, utilizado desde a indústria metalmecânica, em ligas metálicas, até setores de tecnologia da informação, em componentes eletrônicos. O Chile manteve-se como o maior fornecedor, responsável por 80,7% do valor importado.

Os semicondutores, item de relevância nos processos produtivos, permaneceu com o montante importado estável na análise interanual. Porém, a quantidade comprada do produto praticamente dobrou, com os preços  internacionais mais baixos. 

As importações de produtos do setor automotivo registraram expansão recorde na série histórica, com US$ 42,1 milhões em veículos elétricos. Já os fios de filamentos sintéticos, utilizados na indústria têxtil e na indústria automotiva, também foram destaque no mês, com crescimento de 15,5%

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