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3 perguntas sobre o protocolo de desastres da Natura

Foto: divulgação.

No início da pandemia, em 2020, a Natura estruturou um protocolo de apoio para casos de calamidades, voltado ao bem-estar da sua rede de consultoras de beleza, colaboradores, fornecedores e da sociedade civil como um todo.

Desde então, a empresa já acionou esta política mais de 20 vezes apenas para crises causadas pelas mudanças climáticas, sendo esta última, no Rio Grande do Sul, a mais abrangente. Ao longo dos anos, mais de 200 mil consultoras de beleza de todo o Brasil já receberam suporte da empresa.

Com mais de 80 mil pessoas no estado gaúcho, entre consultoras, líderes e colaboradores diretos e indiretos, a empresa estabeleceu uma robusta plataforma de apoio que inclui incentivos comerciais, doações e suporte humanitário.

Além disso, está oferecendo suporte social, médico e psicológico por meio de telemedicina e de sua central social para consultoras de beleza, parceiros e colaboradores. Também tem prorrogado pagamentos de consultoras ou perdoado dívidas em casos críticos, além de antecipar recebíveis de fornecedores locais.

Em meio a tragédia, haverá ainda a necessidade de reformar o Centro de Distribuição no município de Canoas. A empresa também já doou mais de 10 milhões em produtos de higiene pessoal à Defesa Civil e ao Unicef, além de água e apoio logístico.

A marca também lançou uma campanha de arrecadação combinada, conhecida como matchfunding, para ampliar o engajamento em suporte às vítimas. Cada real doado será dobrado pela empresa. A campanha visa complementar as ações com consultoras mais afetadas pelas enchentes, além de outras iniciativas para a sociedade civil em geral.

Conversamos com Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade de Natura &Co América Latina, sobre o protocolo de desastres causados por eventos climáticos, especialmente no Rio Grande Sul. Confira abaixo:

  1. As ações tomadas e em curso no Rio Grande do Sul já estavam previstas no protocolo de desastres causados por eventos climáticos da Natura?

Angela Pinhati:  A Natura tem um olhar não-paliativo, atuamos sistemicamente. No início da pandemia, em 2020, estruturamos um protocolo de apoio para casos de calamidades, voltado ao bem-estar da rede de Consultoras de Beleza, colaboradores, fornecedores e da sociedade civil como um todo. Desde então, a empresa já acionou esta política mais de 20 vezes apenas para crises causadas pelas mudanças climáticas, sendo esta última, no Rio Grande do Sul, a mais abrangente. Ao longo dos anos, mais de 200 mil Consultoras de Beleza de todo o Brasil já receberam suporte da empresa. A partir do momento em que nosso protocolo é acionado, ele é personalizado de acordo com a crise que estamos enfrentando. Temos, no entanto, quatro premissas básicas: proteção da vida e mitigação de novos impactos; cuidar das pessoas; manter a economia circulando (para garantir a renda das Consultoras e fornecedores), e apoio à sociedade como um todo. Outro ponto que levamos em consideração é a oportunidade de atuar em rede e, sempre que possível, próximos aos órgãos do governo. Para a crise que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, por exemplo, agimos em parceria com o Sistema B e com a Unicef, e estamos próximos à Defesa Civil do Rio Grande do Sul. Com mais de 80 mil pessoas do nosso ecossistema no estado, entre consultoras, líderes e colaboradores diretos e indiretos, a Natura estabeleceu uma robusta plataforma de apoio que inclui incentivos comerciais, doações e suporte humanitário. A empresa está oferecendo suporte social, médico e psicológico por meio de telemedicina e da Central Social para Consultoras de Beleza, parceiros e colaboradores. Além disso, tem prorrogado pagamentos de Consultoras ou perdoado dívidas em casos críticos, além de antecipar recebíveis de fornecedores locais.

  1. Existe alguma ativação de prevenção ou atenção específica em SC relacionada a eventos climáticos?

Angela Pinhati: Seguimos a mesma dinâmica, em todas as regiões. Atendemos Santa Catarina em situações graves, como a das enchentes. Inclusive agora, o atendimento à calamidade no Rio Grande do Sul foi estendido à região do Santa Catarina, que também foi afetada.

  1. A médio prazo, quais soluções a Natura vê em relação a biodiversidade e eventos climáticos quando falamos de recursos naturais para a beleza e cuidado? Quais caminhos as marcas podem tomar para reduzir o impacto na natureza?

Angela Pinhati: No final do ano passado, anunciamos a incorporação do conceito de regeneração à estratégia da Natura. Acreditamos que a sustentabilidade, por si só, já não é suficiente para restaurar o que foi degradado pela ação humana. A regeneração é um conceito dinâmico com um potencial imenso para combater a mudança climática e a perda da biodiversidade, além de reduzir a desigualdade social e melhorar o bem-estar. Nos últimos meses, temos tido exemplos claros da urgência da crise climática. A seca na Amazônia no ano passado causou a maior queda nos níveis dos rios já registrada. Por outro lado, desde o início de maio, o Rio Grande do Sul tem enfrentado enchentes sem precedentes. A conservação da biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também um pilar para a regeneração econômica e social. A Natura avalia os impactos tanto para seus negócios quanto para a sociedade com o Integrated Profit & Loss (iP&L), além disso, possui um histórico de metas de Sustentabilidade e ESG robustas e inovadoras que incluem a redução de emissões de CO2, uso sustentável de recursos naturais e proteção da biodiversidade. A Política de Biodiversidade da Natura &Co América Latina está estruturada em sete áreas-chave na cadeia de valor: ciência e tecnologia; desenvolvimento de fórmulas e embalagens; relacionamento com povos e comunidades tradicionais e abastecimento ético com práticas regenerativas; repartição de benefícios e incentivo por serviços ecossistêmicos; compra de insumos de produtores privados ou empresas; operações diretas; e comunicação e marketing. Assumir o compromisso contínuo e transparente com a Sustentabilidade é um caminho que outras marcas podem seguir.

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Fundadora do Economia SC/SP/PR, 4 vezes TOP 10 Imprensa do Startup Awards e TOP 50 dos + Admirados da Imprensa em Economia, Negócios e Finanças 2023.

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