Para transbordar, precisamos de limites. Bordas.
Literalmente, transbordar ocorre quando um recipiente não consegue mais conter seu conteúdo.
Um limite é uma “linha divisória”.
Na geografia, marca o fim de uma propriedade ou jurisdição e o início de outra.
Nas relações interpessoais, um limite separa uma pessoa da outra, permitindo identidades, responsabilidades e privilégios distintos. Limites criam um “espaço” necessário entre indivíduos.
Limites saudáveis definem expectativas e mostram respeito pelos outros.
Mas e se decidíssemos viver sem limites, sem conselhos indesejados, sem regras rígidas e sem rótulos?
Não saberíamos onde um desejo termina e outro começa.
O limite, ou limes, como o caminho entre dois campos, não apenas demarcava o início ou o fim de um território, mas também indicava a forma desse espaço.
As bordas nos definem e nos permitem transbordar com intensidade e propósito.
Mas a pergunta que fica é: por que sempre que você está sobrecarregada, a primeira coisa que abre mão é de si mesma?
Limites são vivos. Limites não são fixos.
Nem todo problema se resolve impondo limites, mas se essa fronteira não existe, esse problema se torna ainda maior.