A BioUs, startup goiana que desenvolveu uma plataforma tecnológica para produção de biopolímeros a partir de resíduos da aquacultura e agroindústria, já captou R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento dos produtos e processos de economia circular. A empresa está no Top 30 do Prêmio Sebrae Startups e apresentará seu pitch no Startup Summit, em busca da premiação.
Raimundo Lima da Silva Junior, CEO da empresa, conta que a expectativa para o evento é fortalecer as conexões estratégicas com o ecossistema de bioeconomia circular, que está em crescimento no país. Confira entrevista completa:
Como surgiu a ideia do negócio?
A BioUs nasceu da necessidade de intensificar produções aquícolas de forma sustentável. Desde 2013 estudamos modelos de produção que busquem reduzir o uso de recursos naturais. Durante essa jornada percebemos que podíamos aprofundar a tecnologia utilizando a biotecnologia aplicada, usando os resíduos agrícolas como fonte de energia para as nossas bactérias, que conseguem atuar como biorremediadores, assimilando a matéria orgânica e produzindo um biopolímero, 100% biodegradável, e ainda um plus, como bioinoculante.
Quais as principais conquistas da empresa?
Desde a nossa fundação, há dois anos, participamos em mais de 20 programas de aceleração, summits, feitas tecnológicas e subvenções, que permitiu performar em captação de R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento dos nossos bioprodutos e processos inoculados na economia circular efetiva. Em cada uma tonelada de resíduo tratado, compensamos 270 toneladas de CO2, como solução Net Zero.
Qual o principal diferencial do negócio?
A BioUs criou uma plataforma tecnológica que desenvolve o bioinoculante e biopolímero a partir do tratamento de resíduos orgânicos. De forma simples, alinhamos os resíduos da produção agrícola e industrial como matéria-prima para a síntese de polihidroxialcanoatos (PHA). Esses materiais biodegradáveis têm o potencial de substituir os plásticos convencionais derivados de fontes não renováveis, reduzindo assim a poluição plástica e a acumulação de resíduos nos ecossistemas. Otimizamos um sistema intensivo de produção agrícola, que reduz em 98% o uso de água e aumenta em 20 vezes a produção de proteína animal, direcionando os resíduos do agronegócio para a produção de bioinsumos 100% biodegradáveis, de base biológica e biocompatíveis. Oferecemos uma solução no tratamento de resíduos agrícolas e agroindustriais, convertendo-os em dois produtos: um poderoso bioinoculante/biofertilizante e um biopolímero (PHA), 50% mais barato que outros do mercado, ambos utilizando a mesma ciência central, com ESG certificação e inserida em um processo de economia circular.
Qual a expectativa para participar do Startup Summit?
É a nossa segunda participação no Startup Summit, com a confiança de que iremos criar diversas conexões estratégicas com corporativos e com startups do ecossistema de economia circular, que vem crescendo cada vez mais no país. No ano passado ficamos entre os Top 24 do desafio Like a Boss, e nesse ano ficamos entre os Top 30 do Prêmio Sebrae Startups, confirmando nosso compromisso e energia em promover nossas soluções.
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