Não estava no meu roteiro inicial da viagem, mas decidi conhecer o local por ser tão famoso e especial. Só que, além de mim, uma multidão também pensou o mesmo e por isso a fila dava voltas no quarteirão.
Era domingo de manhã, e as temperaturas já passavam dos 34 graus. Dava para sentir na calçada das ruas estreitas da cidade do Porto, em Portugal, a prévia de mais um dia quente – típico do verão europeu.
Não havia ingressos disponíveis para o horário. O bilhete antecipado garante uma visita programada para somente o período da tarde da mesma data. Mas as espera compensou.
A Livraria Lello não é somente considerada a mais bela do planeta. Ela oferece um século de histórias, vivências e experiências que todo leitor precisa experimentar.
O espaço traz em seu tempo, desde 1906, um ambiente arquitetônico único que faz exalar o cheiro do livro, da literatura e de sua magia. É o mesmo que ‘viajar’ sem sair do lugar.
A Lello é democrática, pois atende a tudo e a todos sem fazer distinção de pessoas, raça, credo, etnia ou bandeiras. Reúne pessoas comuns, personalidades e famílias inteiras que, ao saberem da sua existência, investem uma visita aqui.
Ela é uma atração turística que marca na memória do seu visitante, a qualidade das obras que junta-se à exuberante arquitetura em estilo neogótico. Sério. Dá vontade de ficar morando aqui.
O centro das atenções é o forte veludo vermelho que reveste a escadaria espiral, proporcionando ao turista uma visão de todo o seu comprimento com design encantador. O teto de cima, torna-se, quando você está lá, o teto para quem está embaixo.
É impossível não se encantar com o acervo da livraria mais bela do mundo. São aproximadamente 100 mil títulos – as mais variadas ricas obras literárias, distribuídas e traduzidas em centenas de idiomas.
Obrigado Portugal por me acolher em um universo tão mágico, lindo e cheiroso. Mais uma vez pude testemunhar o poder que os livros têm de nos transformar e emocionar.