As mulheres são a maioria da população (51,2%), segundo dados divulgados pelo IBGE, mas esse volume não é refletido no cenário de inovação e negócios.
Conforme apurado no Mapa do Empreendedor: Quem são os fundadores de startups no Brasil?, divulgado pelo Startup Copilot, a grande maioria dos fundadores de negócios inovadores é do sexo masculino (76%).
Para contribuir com a mudança desse cenário e promover o protagonismo feminino, a Darwin Startups, um dos principais atores de desenvolvimento de negócios estratégicos do ecossistema de inovação no Brasil, lança o Emma Project.
O foco é na capacitação empreendedora e aceleração de startups focado em gerar conexões e negócios, com mentorias individualizadas e acompanhamento psicológico para as mulheres fundadoras.
“Queremos a partir do segundo ano, estender o programa que inicialmente começa no Brasil, para América Latina e posteriormente para a África Lusófona, com o intuito de alcançar o sul global. Atualmente, 25% do nosso portfólio de mais de 100 startups investidas possuem mulheres no quadro de fundadores, enquanto somente 11% são CEOs. Diante destes questionamentos e incomodadas com as estatísticas e a realidade que nos cerca, decidimos fortalecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 para escalar nosso compromisso e desenvolver esta iniciativa para que pudéssemos ajudar mais mulheres a acessarem esse ambiente de negócios, mercado e investimentos”, destaca Emília Chagas, diretora de projetos da Darwin Startups.
Em artigo publicado na BCG, através do levantamento MassChallenge, que avaliou o cenário de investimentos num período de cinco anos, é possível perceber as disparidades de gênero no ecossistema de inovação, pois verificou-se que as startups fundadas por mulheres recebem, em média, menos da metade do que é investido em empresas abertas por homens.
Em contrapartida, as startups fundadas e cofundadas por mulheres tiveram um desempenho melhor, gerando 10% a mais de receita no período em comparação com as fundadas e cofundadas por homens: para cada um dólar investido, as startups comandadas pelo público feminino gerou 78 centavos, enquanto que as fundadas por homens geraram apenas 31 centavos.
As questões de gênero são também culturais, conforme observado nos fatores que dificultam o empreendedorismo feminino, divulgado pelo Sebrae: sobrecarga de responsabilidades: 76% das mulheres sentem sobrecarga ao tentar equilibrar os cuidados com a família e a empresa, em comparação com 55% dos homens, o sacrifício de tempo pessoal, 61% das mulheres deixaram de fazer algo para si mesmas para cuidar de familiares, enquanto para os homens esse número foi de 48%.
O Emma Project oferecerá mentorias, suporte contínuo e uma rede de conexões estratégicas. Além disso, no Emma Talks, série de webinars com grandes nomes do mercado que acontecerão em outubro, serão discutidos em profundidade essas questões, com insights práticos para as participantes.
A iniciativa é aberta a toda pessoa que se identificar como mulher, que possua uma ideia na etapa de validação ou um negócio nas etapas seguintes e que esteja no cap table da empresa.
As inscrições gratuitas poderão ser feitas até o dia 30 de outubro no site clicando aqui.