A Visiona, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, apresentou as primeiras imagens coletadas pelo VCUB1, primeiro satélite de alto desempenho projetado pela indústria nacional e com isso concluiu a avaliação operacional do satélite.
O desenvolvimento contou com a participação do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, de Florianópolis.
“Os satélites desempenham papel fundamental em todo o mundo e no Brasil. O VCUB1 pode ser utilizado para questões que são centrais ao País, como a proteção ambiental, a resposta a desastres naturais, o combate às queimadas ou ainda o desenvolvimento da agricultura. Além da geração de novas oportunidades de negócios, ampliação da infraestrutura espacial brasileira e geração de empregos”, afirma João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona.
O diretor regional do SENAI em Santa Catarina, Fabrizio Pereira, salienta que o sucesso do VCUB1 assegura também a maturidade do Instituto SENAI na área aeroespacial:
“As possibilidades de uso de um satélite são muitas – segurança, planejamento de cidades, agricultura. Todas as tecnologias embarcadas precisam estar adequadamente integradas, e este é um papel crucial do Instituto SENAI no apoio à indústria brasileira por meio do desenvolvimento e aprimoramento de inovação e tecnologia“.
Pesando apenas 12 kg, o VCUB1 está equipado com uma câmera de alta resolução e com um avançado sistema de comunicações. O VCUB1 também é o primeiro satélite com software embarcado 100% desenvolvido no Brasil, o que se traduz na autonomia completa no projeto.
Após o lançamento em 2023, o primeiro ano da vida do satélite foi dedicado ao desenvolvimento e amadurecimento de sistemas. Após esse período, passou-se à calibração da sofisticada câmera para que as primeiras imagens fossem coletadas e divulgadas.
O VCUB1 foi concebido originalmente para validar os sistemas de navegação e de controle desenvolvidos pela Visiona, tecnologias até então não dominadas pelo país.
“O domínio do software embarcado é o que nos dá liberdade para integrar ou substituir qualquer componente, concedendo total liberdade ao projeto. Entramos num seleto grupo de empresas no mundo capazes de projetar integralmente satélites. As imagens, por sua vez, confirmam o desempenho dos sistemas desenvolvidos, que devem agora equipar os próximos projetos da empresa”, complementa Himilcon Carvalho, CTO da Visiona.