A permanência do isolamento social em Santa Catarina até 8 de abril, determinada pelo governo estadual diante da pandemia do coronavírus, acarretará na demissão de cerca de 30 mil pessoas nas próximas semanas no setor de bares e restaurantes.
A estimativa é da Associação de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel), em levantamento realizado com 279 empresários em todo o estado, entre os dias 27 e 30 de março.
A consulta indica que 39,6% deles têm seus estabelecimentos funcionando somente nos sistemas de delivery e/ou take away.
Entretanto, apenas 17% das empresas que operam com esta modalidade tiveram crescimento de vendas.
Dos entrevistados, 34,2% começaram a operar por tele-entrega após o isolamento, mas muitos já pararam, alegando que a operação não se justifica para a manutenção dos negócios.
“Nosso levantamento demonstrou que o delivery não é suficiente para manter empregos. A projeção já é alarmante, pois são 30 mil trabalhadores que devem ficar sem trabalho somente no setor”, destaca Raphael Dabdab, presidente da entidade em SC.
Ele cobra medidas de medidas de auxílio econômico para preservação de empresas e empregos por parte das prefeituras e do Governo do Estado.
“O que recebemos do governo federal não é suficiente”, lamenta o presidente.
Atualmente o setor envolve 15 mil empresas e 100 mil empregos diretos dos segmentos no estado.