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Tendências de marketing 2025: atitude e ação para transformar a sua marca

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Foto: Daniel Zimmermann.

Agora é aquela época em que começamos a falar das tendências para o próximo ano… Nos últimos tempos temos visto algumas tendências que se repetem nas previsões. Porque será que isso acontece?

É porque uma tendência tem níveis diferentes de adoção por perfis diferentes de empresas e mercados. Além disso, macrotendências demoram anos para serem totalmente implantadas, deixando de ser tendências e passando a ser realidade.

Por exemplo, o uso de Inteligência Artificial no marketing. É uma tendência que começou a ter muito mais força com o surgimento do ChatGPT e evoluiu de ser apenas a utilização de ferramentas de IA para hoje, ter o potencial de transformação estratégica das ferramentas de IA nos processos de marketing, com objetivos claros de gerar conexões humanas mais profundas.

Mas ainda temos empresas que não começaram a utilizar de forma efetiva as ferramentas de IA, e ainda estão longe de estruturar processos de marketing com automação e inteligência artificial. Se a sua empresa está nessa situação, 2025 é uma grande oportunidade de acelerar o passo e se atualizar.

Outro caso é o que eu chamo de retorno à essência. Os profissionais de marketing e empresários podem ficar muito encantados com as ferramentas tecnológicas e, no dia-a-dia, acabar esquecendo o principal, deixando de lado aspectos fundamentais do marketing. Fazer o feijão com arroz bem temperado não pode ficar de lado, o mix de marketing tem que ser equilibrado. As estratégias tem que ter bases sólidas para que as tecnologias possam ser usadas efetivamente.

Porque, por exemplo, não adianta nada a marca fazer vídeos seguindo trends de Tik Tok, se essas ações não estão alinhadas com o discurso da marca.

E não adianta nada implantar um sistema caro de gestão de marketing se as ações não são bem planejadas, as pessoas não estão bem capacitadas, e os processos não estão bem estruturados. A ferramenta não é panaceia e não resolve nada sozinha.

Outra tendência que permanece é o Omnichannel. Esse é o Santo Graal de qualquer marca. Conseguir ter uma comunicação consistente e permanente, e canais de vendas coerentes em todos os pontos de contato com as pessoas, a partir de uma base de dados única, é uma busca constante.

Evoluir de multicanais para o verdadeiro Omnichannel é algo que precisa ser realizado com foco e estratégias como o Marketing de Relacionamento, que não pode ser confundido com o sistema de CRM, e sim ser entendido como uma filosofia de gestão de marketing que busca elevar as relações humanas e fortalecer conexões de longo prazo. 

As marcas precisam cada vez mais atuar para se posicionar de forma clara, para gerar percepções verdadeiras por parte das pessoas.

Personalizar a mensagem, que é uma função do marketing de relacionamento, ajuda muito nesse processo.

Além disso, criar experiências que estendem os significados da marca de forma profunda tem que estar sempre em pauta. As pessoas vivem no mundo real e desejam interações físicas que fazem a diferença. A integração com a comunicação digital tem que ser pensada sempre. É assim que se alcança o Omnichannel de verdade.

Uma outra vertente importante é construir redes de influência, com mensagens de alta credibilidade, com influenciadores que realmente se conectam com o propósito da marca. Acabou o tempo de gerar Barulho a qualquer custo. É importante qualificar e aprofundar as conexões. Nesse caso, qualidade é melhor que quantidade.

E, em tempos de tantos dados, análise e métricas, que são importantes, uma contra-tendência é o resgate da criatividade.

As marcas precisam dar espaço para o trabalho criativo. Nós sabemos que as áreas de marketing estão sempre cheias de trabalho, e que são demandadas de forma extrema por todos os lados. Assim a rotina toma conta, o trabalho se banaliza e surgem pontos cegos que podem ser muito negativos.

Dar margem para a criatividade é fundamental. Um olhar mais apurado para os grandes desafios da marca e a busca pela grande ideia podem ser transformadores. As marcas brasileiras precisam se reconectar com a criação pura.

E, por último, aproveitar tudo isso para estender as entregas da marca e construir comunidades. As pessoas gostam de se conectar com quem tem interesses parecidos. E a sua marca pode ter uma grande oportunidade de criar uma comunidade em torno dos seus produtos e serviços. De forma leve e amigável, muitas marcas tem se beneficiado dessa estratégia, que fideliza e cria os grandes defensores da marca.

Mas, reforçando, o principal é se conectar com a essência, fazer o básico bem feito, e ter bases sólidas para, utilizando as melhores tecnologias, gerar valor de verdade para as pessoas. Porque mais do que seguir as tendências, o que importa é a atitude e a ação para construir o futuro da sua marca.

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing, fundador da Nexia Branding e sócio-fundador do Fluxo.

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