Pesquisa do Sebrae/SC mostra que desde o início do isolamento social em Santa Catarina, 18 de março até 29 de março, mais de 148 mil profissionais foram demitidos no estado.
O levantamento foi feito com 2.120 empresários de todas as regiões, entre 30 e 31 de março.
Atualmente, Santa Catarina conta com 785.147 pequenos negócios e desses, 330.470 são micro e pequenas empresas. Os demais são microempreendedores individuais (MEIs).
Os grupos mencionados figuram 91% das empresas do estado e 57% dos empregos formais.
Outro dado interessante é que 19,5% das empresas entrevistadas afirmam ter feito, em média, duas demissões nesse período.
Além disso, 91% informaram que tiveram redução no faturamento de 90%, o que soma perda conjunta de R$ 4,4 bilhões.
“Os números são impactantes e ao expor eles, o Sebrae/SC chama a atenção para as 148 mil pessoas que estão no caminho da perda de renda hoje em Santa Catarina. Entendemos que a luta contra a pandemia é e deve ser prioridade, mas é preciso chegar a um equilibro para garantir que essas pessoas possam ter seus empregos, já que essa é a única forma de manter o sustento de suas famílias. A nossa preocupação neste momento é com a vida humana”, comenta o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
De acordo com o diretor técnico do Sebrae/SC, Luc Pinheiro, é importante lembrar que os pequenos negócios catarinenses são responsáveis por 57% do empregos formais de Santa Catarina e por 37% do PIB do estado:
“A representatividade das micro e pequenas empresas na nossa economia é evidente. É dever de todos olhar para os pequenos negócios e garantir a sobrevivência deles. São as pequenas empresas que irão ajudar o estado e o país a retomar o desenvolvimento econômico quando essa crise passar. Por isso, precisamos olhar por elas agora. A Medida Provisória publicada ontem pelo governo federal, que busca evitar demissões e permite que as pequenas empresas reduzam em até 70% a jornada de trabalho e o salário dos trabalhadores, sendo que o governo garante ao trabalhador um valor complementar de renda, e permite o desligamento garantindo seguro desemprego aos trabalhadores, é uma prova de que essa preocupação também está em Brasília. O Sebrae/SC vai seguir fazendo esse acompanhamento para compreender os impactos dessa medida em Santa Catarina e para buscar o melhor para os empreendedores e para a população catarinense”.