A construção civil brasileira vive um momento de aquecimento, com a previsão de crescimento em 2024 atualizada para 3,5% pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em um movimento puxado em partes pelo bom cenário do segmento econômico do mercado imobiliário.
De olho nesse mercado e na dificuldade que incorporadoras do setor encontram entre o início das obras e o financiamento federal por meio da Caixa, a real estate fintech Versi, de Joinville, especializou-se em funding e outras soluções para incorporadoras de pequeno e médio porte que desejam atuar nesse segmento econômico da construção civil, com foco em parcerias de longo prazo, com flexibilidade e um nível de relacionamento mais próximo.
Hoje, a empresa tem R$ 200 milhões investidos em mais de 60 empreendimentos pelo Brasil, e já contabiliza uma série de imóveis viabilizados que somam milhares de residências em parceria com empresas do mercado imobiliário.
É o caso da Longitude, incorporadora com sede em Indaiatuba (SP) que atua no segmento popular e já lançou 32 empreendimentos. A empresa conta com o funding da Versi em 24 edifícios, que representam 6,7 mil unidades residenciais no estado, com Valor Geral de Vendas (VGV) que chega a R$ 1,4 bilhão.
“O funding supriu uma lacuna muito importante no nosso ciclo de negócios, investindo nos empreendimentos em um momento importante que o principal agente financiador, que é Caixa, ainda não entrou no negócio. Nesse momento, existe uma exposição de caixa natural inicial nos empreendimentos, e a Versi preenche essa lacuna propiciando fôlego ao empreendimento até a contratação com a Caixa e atingimento da maturidade econômica do imóvel”, explica Guilherme Bonini, co-CEO da Longitude.
Com contratos desde 2020, a Versi é uma das principais parceiras da empresa e já aportou R$ 68 milhões que viabilizaram empreendimentos que somam R$ 1,4 bilhão de VGV, tendo pela frente mais R$ 15 milhões para viabilizar mais R$ 300 milhões de VGV.
Os números refletem um bom momento do segmento como um todo, que projeta um 2025 aquecido com mais incentivos para o programa Minha Casa Minha Vida, que é o principal motor do segmento de moradias populares no Brasil.
Paralelamente, a alta na taxa Selic afeta negativamente o mercado ao reduzir a captação de recursos via poupança, o que atinge a capacidade de financiamento e faz com que incorporadoras busquem alternativas que possibilitem projetos.
Nesse cenário, projeta uma demanda crescente por financiamentos e recentemente captou mais R$ 50 milhões por meio de uma operação com CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários ) no projeto de alcançar, nos próximos três anos, o montante de R$ 450 milhões sob gestão e ampliar o número de empreendimentos viabilizados.
“Nosso principal objetivo em parcerias com incorporadoras como a Longitude vai além do funding. Buscamos estabelecer uma parceria de longa duração, completando ciclos de investimentos em vários empreendimentos e aprimorando as boas práticas de mercado. Hoje nós temos a possibilidade de acelerar projetos de diferentes tamanhos e prazos, impulsionando negócios e gerando impacto positivo no mercado imobiliário a partir de oportunidades que identificamos em um segmento em ampla expansão”, explica o CEO da Versi, Ebran Theilacker.