Por Carol Lopes, líder criativa do WCD 2025.
Nos últimos anos, Florianópolis deixou de ser apenas reconhecida pelas praias e pelo turismo para se tornar um dos principais polos da economia criativa no Brasil. A inovação e o empreendedorismo cresceram tanto por aqui que a capital catarinense já tem a maior concentração de startups do país – são 7,4 negócios de tecnologia para cada 1.000 moradores. E isso faz parte de um movimento global – as indústrias criativas já representam 3% do PIB mundial e, no Brasil, o segmento é responsável por 3,11% do PIB, empregando cerca de 7,5 milhões de pessoas.
Qualidade de vida, boas universidades e incentivo ao empreendedorismo ajudaram a fortalecer o ecossistema, onde a inovação está em áreas tão diversas como tecnologia, design, audiovisual, gastronomia, cultura e publicidade. Esse caldeirão criativo atrai cada vez mais investimentos e talentos, consolidando a cidade como referência em criatividade e negócios.
E é nesse contexto que chega o Dia Mundial da Criatividade 2025 – World Creativity Day. De 21 a 23 de abril, Florianópolis será palco do maior festival colaborativo de criatividade do mundo, que ocorre em 100 cidades simultaneamente. Na última edição, foram mais de 31 mil participantes e 4 mil atividades em todo o mundo. Este ano, com o tema “Gerações Criativas: Transformando Talentos em Impacto”, o evento traz uma programação gratuita com workshops, palestras e performances, conectando profissionais e estudantes em um espaço de troca e aprendizado. As atividades serão realizadas no Boulevard 14/32, no Floripa Airport, no Soho Centro de Inovação Tecnológica, na UFSC e no Square SC.
Mais do que um festival, esse movimento reforça o papel da criatividade como motor de transformação. Em um mundo cada vez mais digital, inovação e originalidade fazem toda a diferença, e Florianópolis já mostrou que tem tudo para continuar sendo um dos grandes polos criativos do Brasil. Porém, a criatividade precisa de incentivos e oportunidades para que floresça e possa ser reconhecida como negócio. Nosso desafio é ampliar esse impacto, atraindo ainda mais investimentos, projetos e talentos, fortalecendo a colaboração e as conexões. O futuro da economia criativa já começou e Florianópolis tem tudo para liderar esse movimento.