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3 dicas para manter a criatividade em alta

Foto: Worawut/AdobeStock

A inteligência artificial (IA) transformou a forma como trabalhamos, tomamos decisões e até pensamos. Em um contexto onde a automação se torna cada vez mais presente no dia a dia, a criatividade deixa de ser apenas um diferencial e passa a ser uma habilidade estratégica.

Profissionais e empresas que desejam se destacar em um cenário competitivo e em constante transformação precisam cultivar o pensamento criativo que, segundo o Fórum Econômico Mundial, estará entre as 10 competências mais valorizadas pelas organizações até 2027.

Líderes de diferentes setores apontam caminhos práticos para continuar exercitando o pensamento criativo, mesmo em um mundo cada vez mais mediado por algoritmos.

1. Repertório fora da bolha

Renan Caixeiro, cofundador do Reportei, plataforma de relatórios e dashboards para marketing e vendas, acredita que a criatividade ganha potência quando sai da mesmice:

“Um erro comum no mercado é buscar referências sempre nos mesmos lugares. Isso gera um pensamento circular, que reforça padrões em vez de rompê-los”.

Para ele, a criatividade está nas combinações improváveis, pois muitas das ideias surgem de conversas sobre música, novelas, filmes ou experiências pessoais, fora da sua área de atuação. Ele também reforça o valor da restrição como motor criativo:

Muitas vezes, ser criativo está justamente em fazer o diferente dentro de um espaço delimitado de tempo, orçamento, equipe”.

Nesse cenário, o executivo vê a inteligência artificial como uma ótima parceira de diálogo para explorar ideias. Por isso ele recomenda para sua equipe, ter 10 minutos de interação diária com IAs, não só para expandir a consciência mas, também, para se adaptar à nova realidade.

2. Criatividade como engenharia e hábito

Para o engenheiro eletricista Gustavo Novloski, cofundador da Atomsix, estúdio de design e tecnologia com atuação global, existe uma engenharia da criatividade, com uma estrutura que se constrói com a prática:

Quando encontrar algo que chama a atenção, faça uma engenharia reversa dos porquês, busque entender porque isso é bonito e funciona bem”. 

Ele mantém uma prática diária de criação, mesmo fora dos projetos da empresa:

“Me forço a criar desafios de design no meu dia a dia, crio conceitos para minha banda, rascunhos de interfaces, exploro referências visuais. Busco resolver problemas reais. O que importa é treinar a habilidade de ouvir, entender e propor soluções”. 

Segundo ele, a IA hoje cumpre um papel importante ao otimizar o tempo de tarefas operacionais e ajudar a organizar ideias:

“Coloquei na minha cabeça que era possível criar algo de qualidade em um curto espaço de tempo e hoje conseguimos criar conceitos em menos de uma hora para nossos clientes que são utilizados no produto final”. 

3. Tecnologia como extensão da escuta criativa

Daniel Moreira, CEO da Hub4pay, fintech de pagamentos de incentivos, acredita que a criatividade está ligada a buscar soluções que agreguem valor para as pessoas e por isso, depende da escuta:

“A criatividade nasce da combinação entre conhecimento técnico e a escuta ativa do mercado, das pessoas, das tendências e das oportunidades”.  

Segundo ele, a inteligência artificial tem ampliado essa escuta ao automatizar tarefas e abrir espaço para o pensamento, porém demanda o domínio das ferramentas que estão disponíveis:

“Temos acesso a muitas tecnologias, mas é preciso saber integrá-las ao processo criativo de forma estratégica, como uma extensão da escuta ativa”. 

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