Search

De ex-atleta do karatê para CEO e futuro maratonista

blank
Foto: divulgação

Ele criou uma plataforma que integra benefícios para saúde física, mental e financeira dos colaboradores. Mas isso só aconteceu depois de 16 anos como atleta profissional do karatê. Desde 2016, Bruno Rodrigues intercala sua rotina entre ocupar a cadeira de CEO da GoGood, praticar corrida (já foram provas de 5km, 10km, 15km e 21k), e sua vida pessoal, que inclui ser pai de atleta também. 

Sua trajetória, marcada por desafios, agora será selada com uma maratona. Ele decidiu se inscrever para a Maratona Internacional de Florianópolis, que vai acontecer no último final de semana de agosto. Sua jornada de treinos está sendo compartilhada em tempo real pelo Instagram @bruno_brj e o Economia SC é um dos apoiadores desse “trajeto”. 

De partida, uma entrevista para entender um pouco do lado profissional dele e como as lições do esporte mais praticado do mundo, segundo o Strava, se relacionam com o mundo corporativo.

Como o karatê entrou na sua vida?

Bruno: Comecei no karatê muito cedo, aos 5 anos de idade. Meus pais me colocaram por disciplina, energia e para me ensinar valores que pudessem me formar como pessoa. Mas a prática virou paixão e logo virou vida. Treinei intensamente durante 16 anos e me tornei atleta de alto rendimento, competindo em campeonatos importantes. O karatê me ensinou sobre foco, repetição, humildade e superação, elementos que levo até hoje, agora como empreendedor.

Por que parou?

Bruno: A decisão de parar foi difícil, mas natural. Aos 21 anos, depois de muitos anos de competição, senti que era hora de viver outras experiências. Já tinha algumas lesões, e estava focado em criar histórias ainda maiores, como executivo e empreendedor. Apesar do fim, o espírito de atleta nunca saiu de mim, e sigo aplicando nos Negócios e agora no projeto da maratona.

Qual a influência do karatê na criação da GoGood?

Bruno: A GoGood nasceu da crença de que o bem-estar transforma pessoas e, por consequência, empresas. A disciplina e o senso de propósito que aprendi no karatê foram essenciais na construção da empresa. Sabia que queria criar algo com impacto real na vida das pessoas. Hoje, ajudamos milhares de colaboradores a cuidarem melhor da sua saúde física e mental, com acesso a academias, psicólogos, médicos, práticas como meditação, yoga e muito mais. O karatê me ensinou a buscar excelência em tudo o que faço, e é isso que buscamos entregar todos os dias na GoGood.

Como a corrida entrou na sua vida?

Bruno: Comecei a correr em 2014, depois de alguns anos parado. Queria um esporte que me conectasse comigo mesmo, que exigisse disciplina, mas também desse liberdade. A corrida me trouxe isso. Foi um reencontro com o meu lado atleta, mas de um jeito mais introspectivo. Desde então, venho correndo provas de 5, 10, 15 km. Neste ano, completei minha primeira meia maratona. Agora, decidi ir além.

Por que se desafiar a uma maratona?

Bruno: A ideia é mostrar que todo mundo, mesmo com rotinas intensas de trabalho e família, pode dar um próximo passo de bem-estar. Quis me desafiar a mostrar publicamente o meu, e queria que não fosse fácil. Por isso uma maratona, mesmo eu tendo corrido, no máximo até agora, 26 km. Acredito que saúde e bem-estar devem estar encaixadas na agenda, mesmo com outras prioridades, como carreira, filhos, etc. e que todos podem fazer isso. Espero que mostrar o meu próximo passo publicamente possa inspirar outras pessoas a darem os seus.

Quais semelhanças você vê entre karatê e corrida?

Bruno: Muitas. Ambas são práticas solitárias, que exigem presença, controle emocional e repetição. No karatê, cada movimento é treinado centenas de vezes até virar automático. Na corrida, cada quilômetro exige escuta do corpo, foco no ritmo, e gestão do cansaço. As duas ensinam a conviver com a dor, e a crescer com ela.

Expectativas para a maratona?

Bruno: Minha principal expectativa é terminar bem. Não falo de tempo ou pódio, mas de atravessar a linha de chegada com orgulho do processo. Quero que meu filho veja que o pai dele continua se desafiando. Quero que o meu time na GoGood perceba que bem-estar é vivido na prática. E quero que essa jornada inspire outras pessoas a colocarem projetos difíceis no calendário, porque é ali que a gente cresce.

Compartilhe

Fundadora do Economia SC/SP/PR, 4 vezes TOP 10 Imprensa do Startup Awards e TOP 50 dos + Admirados da Imprensa em Economia, Negócios e Finanças 2023.

Leia também