A arquitetura está mudando. Aliás, tudo está mudando, e eu, como entusiasta da tecnologia, estou testando muitas novidades. Em um mundo onde a inteligência artificial já escolhe paletas e até sugere o layout da sua sala, é fácil pensar que o arquiteto vai virar coadjuvante. Porém o que já sabemos, é que a IA pode até ser rápida, mas ainda falta sensibilidade para perceber que aquele pilar no meio da sala é, na verdade, um desafio dos grandes e não um erro de cálculo.
A tecnologia chegou trazendo muita inovação para o nosso setor, e eu celebro isso. Com ela, a gente ganha velocidade, praticidade, ferramentas incríveis que ajudam a projetar, organizar e visualizar. Moodboards automáticos, imagens 3D em tempo real, tabelas de materiais como em um passe de mágica (glória!)… Tudo isso é um sonho pra quem vive de transformar espaço em experiência, e até pouco tempo de forma artesanal.
Mas vamos com calma: entre um render bonito e um projeto de verdade, existe algo chamado personalização, ou aquele toque que só quem entende de verdade o morar sabe oferecer. Porque quando o cliente não sabe muito bem o que quer, qualquer coisa genérica pode parecer suficiente. E aí nascem os clones: apartamentos que parecem ter sido comprados em kits: sofá bege, espelho orgânico, tapete cru, fitas de led e uma parede verde-oliva. Tudo bonito… mas tudo igual.
É aí que entra o arquiteto de verdade. Aquele que escuta, interpreta as necessidades de cada cliente e cada reforma, entende o caos e traduz em projeto. Porque, sim, dá pra usar IA pra sugerir soluções. Mas quem vai captar aquele detalhe do “meu cachorro gosta de dormir nesse canto”, ou “minha filha tem medo de dormir longe do corredor”, é o olhar humano. É ele que transforma um ambiente bonito em um lar.
E a verdade é que a tecnologia não veio roubar o nosso lugar. Ela veio nos ajudar a fazer o que fazemos de melhor: pensar, criar, sentir. Enquanto ela cuida do repetitivo, do técnico, do replicável, a gente pode cuidar do que não se copia, a essência.
A arquitetura contemporânea é isso: um equilíbrio bonito entre o que é preciso e o que é possível. Entre o cálculo e a emoção, entre o algoritmo e a intuição.
Então sim, a tecnologia acelera muito as produções atuais! Mas ela não substitui, ela complementa, facilita. Porque o que transforma um espaço comum em um projeto inesquecível ainda é o toque humano. E isso, até onde eu sei, nenhuma máquina conseguiu entregar com perfeição.
Seguimos usando a tecnologia para tornar a decoração mais rápida e acessível, sem nunca perder o carinho e a alma que um lar merece.