Santa Catarina alcançou o melhor desempenho do Brasil em relação à distribuição de renda dos trabalhadores ocupados. O estado apresenta o menor Índice de Gini do país, conforme os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referentes ao primeiro trimestre do ano.
O indicador é reconhecido internacionalmente e mede a igualdade ou desigualdade na distribuição de renda em um território. Em síntese, o índice avalia o grau de concentração de renda do grupo estudado, em uma escala que vai de 0 (zero) a 1 (um). A escala 0 reflete uma distribuição igualitária de renda. A escala 1 reflete uma distribuição de desigualdade extrema, quando uma pessoa detém toda a renda de uma sociedade. Portanto, quanto mais próximo de zero, melhor.
Santa Catarina tem 0,424 entre os trabalhadores ocupados, o menor do Brasil, enquanto a média nacional é de 0,516. Ou seja, um resultado 17,8% melhor que a média de todas as unidades da federação. Para as análises, foram utilizados valores do rendimento mensal efetivamente recebidos em todos os trabalhos por pessoas com mais de 14 anos de idade, no primeiro trimestre de 2025.
A liderança do estado na distribuição de renda do trabalhador é um indicador consolidado. Isto porque o estado é identificado como o menos desigual do Brasil há mais de uma década, desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Com exceção de 2021, Santa Catarina lidera o ranking nacional com o menor Índice de Gini no primeiro trimestre de cada ano.
Maior igualdade salarial entre mulheres
Em Santa Catarina, o maior índice de igualdade na distribuição de renda é identificado entre trabalhadores ocupados do sexo feminino. No primeiro trimestre, as mulheres ocupadas apresentaram Índice de Gini de 0,407, conforme microdados da PNAD Contínua, analisados pela equipe de economistas da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan.
Ademais, a análise por grau de instrução identificou maior equilíbrio na distribuição de renda entre trabalhadores com ensino médio completo ou equivalente. Nesse recorte, foi de 0,324 no primeiro trimestre do ano.