A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou no último dia 24 de setembro a Consulta Pública SDM 05/2025, que propõe substituir integralmente a Resolução CVM 88/2022, marco regulatório do crowdfunding de investimentos no Brasil. As mudanças podem abrir novas oportunidades para securitizadoras, escritórios de agentes autônomos de investimento (AAIs) e até mesmo consultores de valores mobiliários, ampliando o leque de emissores e instrumentos disponíveis no mercado.
Entre as novidades, a minuta prevê:
- Inclusão de securitizadoras registradas na CVM, produtores rurais e cooperativas agropecuárias como emissores habilitados;
- Novos limites de captação, chegando a R$ 50 milhões para securitizadoras;
- Integração das plataformas com o sistema tradicional de distribuição, permitindo operações por conta e ordem;
- Reforço do ambiente de transações subsequentes, com possibilidade de recompra e revisão do conceito de investidor ativo;
- Aprimoramento da transparência, exigindo indicadores de desempenho das plataformas.
Segundo especialistas, a proposta sinaliza um avanço na maturidade do crowdfunding de investimentos, que nasceu em 2017 voltado a startups e pequenas empresas, mas agora se abre a novos setores como o agronegócio e operações de securitização.
Novas oportunidades para players do mercado
Para securitizadoras, a inclusão direta no regime pode representar uma forma ágil e simplificada de estruturar e distribuir ofertas, sem os custos e prazos de um registro tradicional de oferta pública. Já para AAIs e consultores de valores mobiliários, a possibilidade de integração com plataformas e de diversificação das teses de investimento cria espaço para novos modelos de atuação e monetização.
“O novo desenho regulatório tende a aproximar ainda mais o ecossistema de distribuição do ambiente digital, reduzindo barreiras e permitindo que agentes já regulados pela CVM explorem um canal que até agora era restrito a sociedades empresárias de pequeno porte”, comenta um executivo do setor.
CrowdTech: tecnologia para acelerar a entrada nesse mercado
Diante desse cenário, a tecnologia se torna um fator crítico para a competitividade. É aqui que a Crowdtech se posiciona como parceira estratégica para securitizadoras, escritórios de AAI e consultores que desejam aproveitar as oportunidades abertas pela reforma da RCVM 88.
A empresa oferece soluções SaaS de white label totalmente aderentes à regulação, permitindo que novos entrantes lancem suas plataformas de crowdfunding em semanas, com redução de mais de 90% nos custos de desenvolvimento e time-to-market significativamente menor.
Com módulos que vão desde onboarding regulatório, gestão de ofertas, compliance, até relatórios para CVM e integração bancária, a Crowdtech permite que players foquem em seu negócio e na originação de operações, deixando a infraestrutura tecnológica sob responsabilidade de uma plataforma especializada.
“Estamos diante de uma janela regulatória importante. Aquelas instituições que conseguirem se posicionar rápido terão vantagem competitiva na construção de um portfólio diversificado de ofertas e na fidelização de investidores”, afirma Tânia Oliveira, CEO da Crowdtech.
Próximos passos
A consulta pública ficará aberta até 23 de dezembro, e o texto final deve ser consolidado ao longo de 2026. Até lá, players interessados já podem iniciar estudos estratégicos para avaliar como se beneficiar das mudanças.
Enquanto isso, soluções como a da Crowdtech aparecem como um atalho tecnológico para quem não quer esperar o mercado amadurecer para começar a operar.