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SC segue com a menor taxa de desemprego do país, aponta censo do IBGE

Foto: Mauricio Vieira/Secom

A divulgação do Censo 2022 reafirma a liderança de Santa Catarina entre os estados com os melhores indicadores de trabalho e rendimento do Brasil. Os dados do Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento foram divulgados nesta quinta-feira, 9 de novembro, pelo IBGE.

Santa Catarina mantém sua posição de destaque no mercado de trabalho. O levantamento revela que o estado tem a menor taxa de desemprego do país. A taxa de desocupação ficou em apenas 2,5%, a menor do país e abaixo da média nacional de 5,67%.

A liderança de Santa Catarina também é demonstrada no rendimento mensal domiciliar per capita. O estado apresenta a segunda maior renda média do país, no valor de R$ 2.220, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 2.999) e à frente de São Paulo (R$ 2.093). A média nacional, por sua vez, ficou em R$ 1.638. Ou seja, SC registrou um rendimento 35,5% maior que a média do país. Esse resultado pode ser utilizado para caracterizar a qualidade das ocupações e a valorização da força de trabalho. 

Entre os mais de cinco mil municípios brasileiros, dois municípios catarinenses se destacam entre os que apresentam a maior renda domiciliar per capita do país: Florianópolis (R$ 3.636) e Balneário Camboriú (R$ 3.584) ocupam a terceira e quarta posição no ranking, respectivamente. O Censo 2022 representa uma fonte essencial de informações para compreendermos a realidade de nossos territórios. Os bons resultados confirmam que Santa Catarina combina crescimento econômico e oportunidades. Os dados refletem o compromisso do Estado com políticas que promovem o desenvolvimento humano, a solidez do ambiente produtivo, a inovação e qualificação profissional. Temos um ciclo virtuoso de investimento e prosperidade no estado e reconhecemos o valor de todos os setores produtivos na geração de postos de trabalho”, afirmou o Secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

O relatório sobre o Trabalho e Rendimento revelou que 7 municípios catarinenses conquistaram taxa zero de desemprego. Ou seja, o levantamento verificou que todos os moradores com 14 anos de idade ou mais e que gostariam de trabalhar estavam empregados no período de referência. Assim, destacaram-se os municípios de Barra Bonita, Celso Ramos, Coronel Martins, Ibiam, Lajeado Grande, Santa Rosa de Lima, e Xavantina. Em todo o Brasil, apenas 29 municípios conquistaram essa posição de desemprego zero.

Cerca de 41% dos municípios catarinenses registraram taxas de desemprego igual ou abaixo de 1,0%. Nesse contexto, destacaram-se 121 dos 295 municípios de Santa Catarina. Quando considerado o patamar de até 2,0%, o número de municípios cresce significativamente, abrangendo 216 municípios.

Cabe ressaltar que Santa Catarina registrou significativa redução na taxa de desemprego. No Censo 2022, o estado registrou uma taxa de desemprego de 2,5% entre as pessoas de 14 anos ou mais, enquanto no Censo 2010 esse índice era de 3,7%.

Segundo os dados de 2022, Santa Catarina teve um rendimento médio nominal de R$ 3.389,43, resultado aproximadamente 19% superior à média nacional. Em 2010, o valor em Santa Catarina foi R$ 1.355,13

Entre 2010 e 2022, o rendimento médio real em Santa Catarina cresceu quase 20%, conforme valores ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro de 2025. Cabe ressaltar que o Brasil teve crescimento de 8,63% no mesmo período. Além de superar o crescimento nacional, SC apresentou resultados acima de todos os estados da região Sul e Sudeste.

Perfil do trabalhador catarinense

Conforme os dados sobre o trabalho e rendimento, as mulheres representavam 44,84% dos trabalhadores catarinenses, frente aos 55,16% de homens. Quanto à cor/raça, 75,6% dos trabalhadores se autodeclararam brancos, 19,4% pardos, 4,6% pretos, 0,2% amarelos e igual proporção se declarou indígena. 

Para os ocupados com 14 anos ou mais, 40,2% tinham ensino médio completo ou superior incompleto e 23,7% tinham ao menos ensino superior completo. Quanto à contribuição ao instituto de previdência, quase 81% dos trabalhadores catarinenses tinham suas relações de trabalho amparadas formalmente pela legislação, a maior taxa de formalidade do país. 

Em relação as 22 atividades econômicas listadas pelo IBGE, dos quase 4 milhões de trabalhadores catarinenses, 18,5% estavam na Indústria de transformação, 17% no Comércio e reparação de veículos, 7,75% na Construção e 6,58% na Agropecuária. Nesse sentido, chama atenção o segmento da Indústria de transformação, com os 18,5% de participação dos trabalhadores catarinenses, o maior patamar dentre todas as unidades da federação, diante de uma média nacional de 10,2%

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