Acabo de voltar de uma imersão no mercado de construção de casas nos Estados Unidos — as famosas single family homes — e o que vi por lá me deixou não apenas surpreso, mas inquieto (ainda mais).
A convite do time do João Vianna, fundador da Loft e hoje à frente da Invisto, passei uma semana em Orlando, conhecendo de perto a tese que ele vem aplicando no mercado americano. Em menos de três anos, a Invisto já captou mais de R$ 300 milhões, e entendi pessoalmente o porquê.
A tese é simples — e genial
De forma direta: eles buscam bairros consolidados, onde ainda existem casas antigas, com 30 ou 40 anos, que já não fazem sentido no padrão atual.
Compram o terreno, derrubam tudo e constroem uma nova casa — moderna, eficiente e com um apelo enorme no mercado.
O resultado? Retornos entre 25% e 35% por projeto.
Mas o grande diferencial está na inteligência por trás da operação. O time da Invisto usa dados e tecnologia para decidir onde comprar, quanto investir e quando vender. Tudo é calculado antes do primeiro tijolo.
E vindo de quem vendeu a Loft por mais de 3 bilhões de dólares, não é por acaso que a execução é impecável.
O que mais me chamou atenção
Mais do que o projeto do João, o que me impressionou foi como o mercado americano está aberto e acessível para investidores brasileiros.
A maioria das pessoas que pensa em “investir em dólar” automaticamente se lembra de bancos e corretoras — XP, BTG, Avenue, Bradesco, e por aí vai.
É o caminho mais conhecido, sem dúvida. Mas nem sempre é onde estão as maiores oportunidades.
Existe um universo ainda pouco explorado: os investimentos alternativos — e entre eles, o imobiliário é o mais palpável, rentável e seguro quando bem estruturado.
A economia real ainda fala mais alto
Muitos investidores brasileiros estão dolarizando o patrimônio. Só que a maioria acaba fazendo isso por meio de fundos e plataformas financeiras.
Nada de errado nisso — mas há um detalhe: quem construiu riqueza no Brasil fazendo, não aplicando, sente falta de investir em algo que dá pra ver e tocar.
É por isso que imóveis e construções nos EUA estão ganhando tanto espaço.
Por demanda de um cliente, decidi mergulhar nesse assunto — e foi assim que acabei na Flórida.
O poder do mercado imobiliário americano

O mercado de casas unifamiliares é hoje o maior ativo dos Estados Unidos, superando até o valor total das empresas do S&P 500. Estamos falando de mais de 50 trilhões de dólares em valor de mercado.
Para comparar: o Ibovespa, que representa as maiores empresas brasileiras, vale em torno de 800 bilhões de dólares. Nem dá pra colocar lado a lado.
Liquidez e velocidade

Mesmo com juros mais altos nos últimos anos, o mercado americano continua extremamente líquido.
Na Flórida, o tempo médio para vender uma casa está em 88 dias, o que já é considerado alto por lá, mas ainda assim muito melhor que o mercado brasileiro, onde imóveis podem levar meses ou anos para serem vendidos.
E há um detalhe interessante: nos EUA, é comum uma casa ser vendida acima do preço pedido — exatamente o que vemos em programas como Irmãos à Obra.
O time da Invisto me contou que, nos últimos três anos, eles venderam em média 3% acima do valor anunciado. Isso acontece quando o produto é bom e o processo é profissional.
Juros: o vento ainda sopra a favor

É claro que nem tudo são flores. A inflação americana subiu e os juros também. Mas ainda assim, o custo do financiamento por lá gira em torno de 6,3% ao ano, menos da metade do que vemos no Brasil, onde é difícil encontrar algo abaixo de 12% ao ano.
Ou seja: mesmo com juros “altos”, o mercado imobiliário americano segue competitivo, acessível e eficiente.
Acesso e estrutura
Investir fora do Brasil exige um passo a mais. Não é como comprar um fundo pela corretora — é preciso estruturar uma empresa no exterior (offshore), ou investir por meio de veículos específicos.
Mas uma vez feito o setup, o investidor tem acesso a um mercado muito mais transparente, rápido e previsível.
As bases de dados são abertas, as negociações são claras e o sistema jurídico funciona.
Um contraste inevitável
Durante o evento, com mais de 100 empresários brasileiros de diferentes setores, uma frase se repetiu várias vezes:
“No Brasil, o empreendedor nada contra a correnteza, num rio lamacento cheio de pedras. Aqui nos EUA, ele desce o toboágua sentado numa boia e tomando uma caipirinha”.
É claro que cada país tem seus desafios, mas a diferença é gritante: nos EUA há transparência, agilidade e respeito ao empreendedor. E isso está atraindo cada vez mais capital brasileiro.
A reflexão final
Não se trata apenas de ganhar em dólar. É sobre proteger e multiplicar o patrimônio num ambiente previsível, onde o empreendedor e o investidor conseguem enxergar o futuro com clareza.
Se você quer entender melhor como investir nos Estados Unidos — seja através de imóveis, estruturas internacionais ou gestão patrimonial — entre em contato comigo.
Posso te ajudar a entender os caminhos, riscos e possibilidades reais desse mercado.