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Como o reconhecimento facial e tecnologias de agendamento mudam a experiência na sala de espera

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Foto: divulgação

Se existe um ponto em comum entre os diversos perfis de pacientes que passam diariamente por clínicas e hospitais é a sensação de tempo perdido na sala de espera. Por trás dessa percepção, muitas vezes está uma cadeia de procedimentos manuais, burocráticos e pouco integrados, que afetam tanto a vivência de quem busca atendimento quanto a produtividade de quem oferece o cuidado. A boa notícia é que existem e estão sendo desenvolvidas cada vez mais soluções digitais capazes de redesenhar essa jornada.

Uma das possibilidades é o uso do reconhecimento facial para o check-in automático no momento em que a pessoa entra no ambiente. Por exemplo, o novo Hospital Unimed em Itajaí, projetado para ser o mais tecnológico do estado, instalou nos acessos ao prédio uma tecnologia que reconhece o paciente, libera a entrada e automaticamente realiza o check-in no sistema.

Outros recursos incluem dispositivos de confirmação e reagendamento remoto, que permitem ao paciente programar sua consulta, registrá-la em sua agenda pessoal e ser alocado em um horário para atendimento com especialistas, exames e outros serviços. Essas soluções também permitem que informações sejam compartilhadas previamente com a equipe, possibilitando uma recepção mais eficiente. Ao chegar ao local, todo o trâmite burocrático já foi concluído, o que reduz o tempo ocioso na sala de espera e melhora significativamente a interação.

Na prática, imagine um paciente que confirma sua consulta por WhatsApp com um simples “ok” ou áudio, e tem a opção de reagendar, se necessário. No mesmo sistema conversacional, ele encaminha informações ao formulário médico. Quando chega à clínica, é identificado automaticamente por reconhecimento facial, sem enfrentar filas ou mesmo precisar tocar em totens. Meses depois, quando chegar o momento de retorno, o sistema pode ser programado para enviar uma mensagem automática e realizar um novo agendamento. Para o profissional de saúde, isso representa mais previsibilidade e melhor distribuição da agenda. Para o paciente, menos espera e mais comodidade.

Essas ferramentas não substituem o contato humano. Ademais, têm o papel de garantir que os encontros entre profissionais e pacientes sejam eficazes e centrados no que realmente importa: a saúde e o bem-estar de quem visita o estabelecimento, seja para exames de rotina ou para situações mais complexas.

Além disso, o uso de inteligência artificial e automação integrada aos ERPs (plataformas de gestão) viabiliza a interpretação de respostas faladas, a geração de lembretes personalizados e a coleta de feedbacks pós-consulta com agilidade. Como resultado, os estabelecimentos de saúde que adotam soluções como essas têm conseguido reduzir drasticamente o número de faltas e aumentar o engajamento em um setor que ainda enfrenta altos níveis de absenteísmo.

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CEO e cofundador da Nina Tecnologia.

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