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Exportação de carne cresce 3% no acumulado do ano em SC

Foto: Yellow Boat/AdobeStock

Santa Catarina segue consolidando sua posição de destaque nas exportações brasileiras de carnes. Mesmo com leve retração nos embarques de outubro, o estado registrou, no acumulado do ano, o melhor resultado da série histórica tanto em volume quanto em receita, segundo dados da Epagri/Cepa.

Ao longo dos dez primeiros meses do ano, exportou 1,68 milhão de toneladas de carnes (incluindo frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras), o que representa um crescimento de 3% em volume e 9,2% em receita na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas externas somaram US$ 3,72 bilhões, consolidando o desempenho histórico.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, comemora o excelente desempenho das exportações de carne de Santa Catarina. No caso do frango, ele destaca a capacidade de recuperação e a resiliência dos produtores catarinenses, mesmo diante dos desafios provocados pelo foco de influenza aviária registrado no Sul do Brasil. Em relação à carne suína, lembra que Santa Catarina é responsável por mais da metade das exportações brasileiras.

Esse sucesso é resultado de uma estratégia consistente de diversificação de mercados e da forte colaboração entre os nossos produtores e o Governo do Estado. Essa união garante maior estabilidade e fortalece a competitividade do agronegócio catarinense no cenário internacional. Santa Catarina segue consolidada como referência nacional e global”, afirma o secretário.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, os desafios enfrentados pelas exportações catarinenses de carnes têm sido superados graças a uma estratégia consistente de diversificação de destinos:

Há alguns anos, o setor produtivo, em parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado, vem trabalhando para ampliar o número de compradores da carne catarinense, reduzindo a dependência de poucos mercados e garantindo maior estabilidade ao setor”.

Ele reforça o papel estratégico da diversificação como fator de resiliência e competitividade do agronegócio catarinense no mercado internacional:

Mesmo diante do embargo temporário imposto por diversos países à carne de frango brasileira após o foco de influenza aviária registrado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina manteve excelentes níveis de exportação, alcançando o melhor resultado da série histórica em receita no acumulado de janeiro a outubro de 2025″.

Europa e China retomam compras de frango catarinense

Em outubro, as exportações de carne de frango catarinense somaram 111,7 mil toneladas, com US$ 223,1 milhões em receita. Embora o volume tenha recuado 4,3% em relação a setembro, houve alta de 5,8% frente a outubro ddo ano passado. O resultado reflete a continuidade da recuperação do setor após o foco de influenza aviária registrado no Rio Grande do Sul, em maio.

No acumulado do ano, Santa Catarina embarcou 985,5 mil toneladas de carne de frango, movimentando US$2 bilhões, aumentos de 2,5% em volume e 6,3% em valor sobre o ano anterior. Esse é o melhor desempenho para o período desde o início da série histórica, em 1997.

Com a retomada das vendas à União Europeia, os Países Baixos voltaram a se destacar, liderando as compras em outubro, com 8,1 mil toneladas e US$ 25,3 milhões. No acumulado do ano, Arábia Saudita, Japão e Países Baixos estão entre os principais destinos, com participações de 12,5%, 10,8% e 10,1% na receita, respectivamente. As vendas para o Reino Unido e México também cresceram de forma expressiva, acima de 30% em quantidade e valor.

A retirada do embargo chinês sobre as importações brasileiras de aves também deve gerar resultados positivos para o estado. As vendas para aquele país, que estavam suspensas desde meados de maio, foram novamente autorizadas no dia 7 de novembro. Em 2024, a China foi o quarto principal destino do frango catarinense, respondendo por 9,1% do volume embarcado por Santa Catarina.

Santa Catarina foi responsável por 26,3% da receita e 22,8% do volume total das exportações brasileiras de carne de frango até outubro, mantendo-se como segundo principal estado exportador do país.

Japão segue na liderança das compras de carne suína catarinense

As exportações de carne suína também seguem em ritmo forte. Em outubro, o estado embarcou 68,4 mil toneladas, totalizando US$ 172,7 milhões. Apesar da leve queda mensal, o desempenho foi superior ao de outubro do ano passado.

No acumulado do ano, Santa Catarina atingiu 630,6 mil toneladas exportadas e US$1,56 bilhão em receita, altas de 5,9% em volume e 12,5% em valor, configurando os melhores resultados da história para o período.

O Japão consolidou-se como o principal destino da carne suína catarinense, respondendo por 20,9% da receita total, seguido por Filipinas (19,2%) e China (16,2%). O destaque vai para o México, que subiu ao quarto lugar no ranking, com crescimento acima de 60% nas vendas para aquele país.

No contexto nacional, Santa Catarina respondeu por mais da metade das exportações brasileiras de carne suína entre janeiro e outubro, com 51,2% do volume e 51,9% da receita total.

Exportações totais de carnes seguem em alta

Santa Catarina exportou, em outubro, um total de 187,2 mil toneladas de carnes (incluindo frango, suínos, perus, patos, marrecos, bovinos e outras proteínas).

O volume representa uma redução de 5,3% em relação aos embarques realizados no mês anterior, mas um crescimento de 2,8% na comparação com outubro do ano passado.

As receitas obtidas com as vendas externas somaram US$ 415,7 milhões, queda de 5,1% em relação a setembro, porém com aumento de 4,1% quando comparadas ao mesmo mês do ano passado.

É importante destacar que setembro havia registrado o melhor resultado mensal em receita e o segundo maior volume embarcado de toda a série histórica, o que ajuda a relativizar as variações negativas observadas em outubro.

No acumulado de janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 1,68 milhão de toneladas de carnes, com receitas que totalizaram US$ 3,72 bilhões.

Os números representam crescimento de 3% em volume e de 9,2% em valor na comparação com o mesmo período do ano passado, consolidando o melhor desempenho do estado para o intervalo em toda a série histórica.

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