Em busca de saber como algumas empresas estão inovando, e até mesmo se fortalecendo, diante do cenário de pandemia do coronavírus, entrevistamos Ronaldo César Schork Júnior, gerente de Inovações da HBSIS Ambev, para saber como a empresa está lidando com o atual momento. Confira na íntegra abaixo:
Como a HBSIS/AMBEV está inovando na pandemia?
Em um primeiro momento, acelerou a cultura do “Remote First” em toda a empresa. De um dia para o outro, adotamos esse formato como o “novo normal” no dia a dia de trabalho. Já fazíamos reuniões remotas, mas agora todas as interações entre as pessoas passaram a ser dessa forma. É uma grande mudança. Além disso, para garantir o bem-estar de nossos times, criamos ações internas como aulas de alongamento e relaxamento mental via webconferência. É uma forma de manter todos unidos e ao mesmo tempo cuidar da saúde de nossos profissionais.
Como a tecnologia pode se inserir nesse contexto? Nesse caso, como a HBSIS está auxiliando a AMBEV nesse momento?
A postura da Ambev diante desta pandemia é de ser parte da solução e, para isso, inovar e pensar diferente, em conjunto com a nossa capacidade de execução, tem sido crucial. A HBSIS entende a sua importância neste cenário, e como hub de tecnologia do grupo Ambev, está ajudando a construir bases sólidas para o futuro da companhia e dos nossos clientes. Além disso, por estar em Blumenau, está ajudando em ações locais, incentivando seus colaboradores a doar sangue e apoiando a ferramenta de Telemedicina Doktor, adotada oficialmente pela prefeitura de Blumenau em parceria com outras empresas da cidade. É uma plataforma muito importante para evitar que as pessoas se desloquem desnecessariamente até o hospital e, caso seja necessário este deslocamento, há orientação médica e medidas de prevenção tomadas para que isso ocorra em segurança.
É possível inovar durante a pandemia?
Há um ditado que diz que “a necessidade é a mãe de todas as invenções” e, neste momento de pandemia, não só é possível inovar, como para muitos negócios é necessário. Na forma de atender os seus clientes e realizar negócios e, eventualmente, até transformar processos. O comércio online passou a ser a principal forma de consumo nesta pandemia. Compras no mercado, farmácia e bens de consumo de uma forma geral já eram possíveis, mas agora foram adotadas de forma massiva. Isso vem para ficar, e os negócios precisam entrar seriamente no digital para sobreviver. Não dá para entrar mais ou menos ou fazendo “puxadinhos”. As lojas físicas tendem a ser redesenhadas, se tornando mais espaços para experimentação da marca do que de compra. Walter Longo descreve em seu livro “O Fim da Idade Média e o Início da Idade Mídia” que até hoje tudo era avaliado e orientado pela média da população, não individualmente. Onde todos são tratados como grupos ou massas, nas relações comerciais, pessoais e sociais, todos são avaliados pela média e pagam pela média. Na medicina com protocolos genéricos, na educação sempre fomos divididos por idade independentemente de nossa maturidade. Cada dia mais, os indivíduos influenciarão a sociedade por suas visões e seus posicionamentos únicos e particulares, e esta percepção do indivíduo é que vemos que será acelerada na pandemia. Os negócios que entenderem e se adaptarem a isso mais rapidamente serão os que melhor prosperarão.