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Tecnologia como meio para inovar em diversos setores

Por Marcelo Wolowski, CEO e cofundador da Invisto e diretor do grupo temático de investimentos da Acate.


Li no fim de semana um ótimo trabalho feito por um grupo de profissionais e acadêmicos sobre a Florianópolis de 2030. Vários agentes do ecossistema de Santa Catarina foram entrevistados e o estudo propôs ótimas alternativas para a cidade que tem a inovação no seu DNA.

Porém, não quero aqui discorrer sobre Florianópolis ou sobre a importância do estudo, mas sim sobre um assunto abordado nas conclusões deste relatório. Nas recomendações do estudo é sugerido: “Investir em inovação em todos os setores, incluindo turismo de experiência, economia marinha, construção civil e serviço público, não apenas no setor de tecnologia”. Na lista dos desafios associados ao município, o assunto é abordado da seguinte maneira: “Inovação é restrita ao setor tecnológico. É fundamental perceber o potencial de inovação em todos os setores”.

Minha experiência de mais de 20 anos junto às empresas de tecnologia, me permitem dizer que as afirmações apresentadas acima demonstram o quão imaturo é o ambiente de inovação em diversos setores econômicos, seja na indústria, comércio, ou prestação de serviços. 

Ao mencionar o setor de tecnologia e conhecendo este ambiente na capital catarinense, claramente faz-se referência às empresas desenvolvedoras de software, hardware e aplicações de internet. Tecnologia é meio para inovar, e não um segmento ou um setor conforme mencionado.

As empresas de tecnologia em sua grande maioria são prestadoras de serviços que atuam em diversos segmentos econômicos. Não é a toa que a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) organiza suas mais de 1.400 empresas inovadoras em pelo menos dez verticais de negócios, entre as quais estão a construção civil, educação, economia criativa, cidades inteligentes, para mencionar apenas aquelas associadas ao estudo em questão. Objetivo das verticais, interagir com o setor tradicional.

Enquanto estes setores da indústria, comércio, agricultura ou serviço, além das grandes empresas não compreenderem o papel da tecnologia no processo de inovação dos seus negócios, sou categórico em afirmar que seus processos de inovação terão enormes dificuldades de serem implementados e naturalmente não gerarão valor aos seus negócios.

Segundo Peter Diamandis, em seu livro sobre organizações exponenciais, a tecnologia é fundamental para repensar os negócios tradicionais, trazendo disrupção, digitalização, desmaterialização, desmonetização e democratização aos produtos ou serviços. 

Aos empresários interessados, convido todos a conhecer e se aproximar do ambiente de inovação da ACATE e participar dos fundos de investimentos corporativos em inovação e tecnologia.

O estudo pode ser acessado através do link clicando aqui.

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