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Adapte-se ou morra: a pivotagem dos negócios durante a pandemia

Quem é familiarizado com o universo das startups com certeza já ouviu falar sobre a necessidade de se “pivotar” um negócio. Basicamente, o termo se refere a ações estratégicas em que os empreendedores identificam novas oportunidades e adaptam a empresa para a surfar nessa onda, sem perder a essência do negócio.

Em 2020, pivotar não é apenas aproveitar oportunidades, alterar processos e trazer outros tipos de produtos ou serviços, mas também uma questão de sobrevivência. O termo “adapte-se ou morra” nunca fez tanto sentido e acredito que nenhum de nós enfrentará um momento tão desconcertante e instável como o trazido pela pandemia do novo coronavírus. Mais do que uma crise de saúde, estamos passando por bruscas mudanças econômicas, com alteração de estilo de vida e formato de consumo.

Neste novo cenário, sobreviverão aqueles negócios que levam em consideração seu potencial de mutação e que estão abertos a abraçar novas oportunidades. A reinvenção será, sem dúvidas, a chave para que possamos desenvolver empresas e alcançar o sucesso profissional.

Exemplos dessa necessidade não faltam: estamos acompanhando empresas têxteis adaptando a produção para a entrega de máscaras, indústrias de equipamentos produzindo materiais para a área de saúde, restaurantes, lojas e comércio em geral migrando suas operações para o ambiente online. Mesmo quem tinha ressalvas quanto ao delivery precisou abrir mão de certos preconceitos para manter a receita durante as medidas de distanciamento social.

Além disso, há uma grande alteração no modo como trabalhamos e nos relacionamos. Um exemplo que demonstra claramente a transformação digital e de atuação que estamos enfrentando está em um dos endereços comerciais mais famosos do país. Em São Paulo, segundo a consultoria imobiliária Buildings, até o final do ano 73,9 mil metros quadrados de imóveis corporativos classe A devem ser desenvolvidos. São empresas em locais como a famosa Faria Lima, ligados ao universo da tecnologia, que optaram pelo home office permanente. O dado representa um aumento de 16,5% na taxa de vacância desses endereços.

Diante desse cenário de incertezas e rápidas mudanças, pivotar o negócio é estar à frente da concorrência, é entender o novo contexto de consumo e hábitos, é garantir a abertura de oportunidades para fortalecimento da empresa.  A pandemia acelerou muitas coisas, mas a principal delas é o fato de que nada é permanente. Mesmo grandes e tradicionais empresas, reconhecidas mundialmente, precisaram se adaptar para continuarem existindo. E enfrentaram um grande desafio neste sentido, já que é muito mais fácil para negócios ligados ao universo da inovação e das startups realizar essa pivotagem em tempo hábil. 

O que, até então, era visto com certa desconfiança pelo modelo tradicional de gestão, virou um diferencial sem precedentes: quem consegue se movimentar rapidamente é hoje quem lidera o mercado. E a sua empresa, está em qual cenário? Já pensou em como ela vai sair da pandemia?

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Diretor de operações da PagueVeloz

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