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SC classifica cinco equipes em desafio nacional de robótica contra o coronavírus

Cinco equipes formadas por estudantes catarinenses estão classificadas para a segunda fase do desafio nacional de Robótica do Sesi contra a Covid-19.

Ao todo, 39 equipes foram selecionadas para a segunda fase devido aos empates técnicos.

Agora, os jovens vão detalhar a proposta, que será avaliada com relação à pesquisa, criatividade e inovação, além de empreendedorismo e impacto social.

Os times terão até 4 de setembro para submeter mais informações sobre o projeto, demonstrando e detalhando a sugestão proposta.

“Envolver jovens estudantes da educação básica em uma questão séria como esta desafia-os a pensar coletivamente em soluções que podem, de fato, beneficiar a sociedade. Estamos enfrentando uma pandemia que tem impactos na saúde, na economia e até mesmo na educação. Por meio do desafio de robótica, eles podem protagonizar ações que amenizem os efeitos dessa crise”, destaca o diretor de educação e tecnologia da Fiesc, Fabrizio Machado Pereira.

A divulgação do resultado final será feita em 25 de setembro, quando serão conhecidos os vencedores e os que se destacaram em cada um dos quatro critérios de avaliação.

Confira os projetos catarinenses classificados:

A Little Builders, de Rio do Sul, criou uma máquina que promove a esterilização de produtos e objetos por meio de luz ultravioleta, solução já aplicada na área médica e de alimentos. O projeto inclui um temporizador com alarme sonoro que indica o encerramento do processo de esterilização e um sensor magnético que desliga a luz quando a porta é aberta antes do tempo e evita que ela seja acionada acidentalmente. 

Solução semelhante é proposta pela equipe Tecnorob Evolution, de Brusque. Eles sugerem o uso de uma “caixa comunitária” para desinfectar máscaras e luvas sem a necessidade de lavá-las, utilizando luz ultravioleta do tipo C (UVC). O interior da caixa é espelhado, de modo que os raios sejam refletidos internamente e aumentem a área de cobertura. Para evitar que a caixa se torne um ponto de contágio, a gaveta abre e fecha por meio de sensor de aproximação. Com a gaveta fechada, a luz age por 30 segundos e, depois disso, um outro sensor libera a abertura da gaveta para que o usuário retire os objetos desinfectados.

A equipe Robobaio, de Lages, desenvolveu uma solução que incrementa os já conhecidos ventiladores mecânicos. A ideia é utilizar a impressora 3D para construir o aparelho portátil que supriria a demanda por esse tipo de equipamento para o transporte de pacientes. O ventilador usaria em sua composição ácido polilático (PLA), um polímero orgânico e biodegradável obtido a partir de fontes naturais como milho e cana de açúcar. O equipamento não precisa de eletricidade para funcionar.

A AgroRobots, de Concórdia, criou a máscara empática 3D, desenvolvida com intuito de facilitar a comunicação e a integração dos deficientes auditivos, que precisam visualizar o rosto do seu interlocutor para entender sinais em Libras e captar expressões faciais. Também a base de ácido polilático (PLA), a máscara é moldada em impressoras 3D e o material, submetido a uma temperatura maior (até 50°C), pode ser moldado de acordo com o rosto de cada um. Para desenvolver a estrutura transparente, a equipe utilizou acetato de celulose, um material similar ao plástico, porém que pode ser moldado juntamente com a estrutura de ácido polilático, não embaça com facilidade e é mais resistente do que o plástico comum.

Preocupada com a saúde emocional dos estudantes nesse período, a Robodroids, de Seara, desenvolveu uma aplicação para monitorar a saúde dos alunos matriculados na rede pública escolar. As informações, depois de cadastradas, são organizadas em um banco de dados que fica disponível em tempo real para análise da escola e dos profissionais da área de saúde e de assistência social. O objetivo é otimizar  o monitoramento e a identificação de efeitos psicológicos decorrentes da pandemia.  

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