Por Ari Rabaiolli, presidente da Aceville Transportes, Fetrancesc, Transpocred e do Conselho Regional do SEST SENAT/SC
A gente precisa se reinventar. E isso não é de agora. É algo verdadeiramente antigo. Desde sempre precisamos nos adequar, de tempos em tempos, ao que surge de novo, seja na vida pessoal ou profissional. Só que a pandemia do coronavírus evidenciou ainda mais esta necessidade.
No mundo empresarial, no caso das transportadoras, identificou-se novos hábitos de consumo nas compras on-line, o que provocou necessidade de mudanças, principalmente para a forma como atendemos aos consumidores.
Na semana passada, o fundador e CEO da maior plataforma de conexão entre caminhoneiros e cargas da América Latica, o TruckPad, Carlos Mira, falou no artigo “Era da conveniência: a logística brasileira precisa se preparar para novos hábitos de consumo” o que há muito tempo já pregava: ou a gente se reinventa, ou a gente se reinventa.
Em tempos durante e pós-covid19, quando falamos em um novo normal, as empresas também precisam se adequar às exigências dos novos clientes. Se para a convivência fala-se em menos aglomerações, menos contato, para o Transporte Rodoviário de Cargas fala-se em ser capaz de atender CNPJs e CPFs e não apenas um ou outro público, por exemplo.
Por este viés, na Aceville Transportes, empresa que fundei há 30 anos, tínhamos apenas relação B2B, atendíamos empresas ou embarcadores. Só que a pandemia nos mostrou que, caso não mudássemos, estaríamos fadados ao fracasso. Foi quando surgiu uma nova modalidade de negócios, com um Comitê Gestor formado por 11 pessoas e a ampliação da relação B2B e B2C.
Ou seja, o coronavírus balançou as estruturas sociais e econômicas brasileiras, mas, para quem está disposto ao novo, permitiu a criação de novas fórmulas de negócios, quebrou paradigmas e ofereceu novos horizontes. Porque a gente precisa olhar para a frente e enxergar, em cada dificuldade, diversas oportunidades.