A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc) fez um levantamento das ações de pesquisa e extensão realizadas por instituições de ensino para combater à pandemia do coronavírus e seus efeitos.
Estão em andamento agora ao menos 188 trabalhos e, o número de projetos deve aumentar significativamente com o lançamento do Programa Universal de Pesquisa, que irá destinar R$ 4 milhões para todas as áreas do conhecimento.
O presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, reforça a participação da fundação para fomentar alguns desses projetos:
“Com recursos do Governo do Estado temos apoiado pesquisadores, instituições, universidades e empresas. Vamos manter e ampliar esse tipo de apoio em nossa gestão”.
DIVERSIDADE
Além dos grandes projetos, que envolvem a produção de vacinas, de testes rápidos ou de estudos sobre as condições dos pacientes, há também outras ações que impactam no dia a dia do controle da doença.
Professores e alunos criam máscaras de proteção aos profissionais da saúde e dão suporte técnico realização de testes de coronavírus. Assim como desenvolvem tecnologias que ajudam em tratamentos e na tomada de decisões para conter a pandemia.
A segunda área com mais ações é a proteção social, com pesquisas que envolvem desde a análise da situação das famílias catarinenses durante esse período até as condições psicológicas e comportamentais causadas pela pandemia.
Já os programas de extensão estão relacionados à produção e distribuição de produtos às comunidades mais vulneráveis, como álcool gel, máscaras ou mesmo sabão.
Na área educação, há desenvolvimento de sistemas para aulas a distância e compartilhamento de informações para apoiar o ensino de crianças em casa.
Enquanto na proteção econômica, os pesquisadores estão focados em medidas para melhoria nas condições do trabalho em casa, proteção das cadeias produtivas e de mobilidade.
Há ao menos 102 em execução nas universidades e institutos de ensino públicos federais, 43 estaduais e 48 em universidades comunitárias. Também foi informado um projeto em uma instituição privada sem fins lucrativos.
Quando se trata da divisão por instituições, o levantamento aponta ainda para 77 projetos na UFSC, 40 na Udesc, 19 no IFSC, 11 na Unesc, 10 na Unochapecó, 8 na Univali.
Foram destacados ainda 6 projetos na Furb, 6 na Unisul, 5 na UFFS, 3 na Epagri, 3 no IFC, 3 na Univille, 2 na Unoesc, 2 no Unidavi, 1 no SATC, 1 na UNC e 1 na UFSC.
O levantamento foi realizado por autodeclaração a partir de questionário enviado pela fundação.
INVESTIMENTOS
Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapesc, Amauri Bogo, a fundação teve um importante papel de fomento à ciência e o combate ao coronavírus no estado:
“Nós tivemos uma demanda muito grande. Confirmamos que a Fapesc possui uma forte inserção dentro desse ecossistema. Não somente como era vista, como agência de fomento, mas como um elo das novas propostas e demandas que o Estado precisa”.
Já a gerente de Ciência e Pesquisa da Fapesc, Deborah Bernett Leal da Silva, destaca que os investimentos em pesquisa que no ano passado chegaram a R$ 42 milhões com recursos próprios e em parcerias com outras instituições:
“Apoiar redes e grupos integrados significa fortalecer o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. E isso se faz por meio de investimento em recursos humanos e em pesquisa aplicada diretamente ao desafio da sociedade”.
MAIS RECURSOS
O número de projetos relacionados ao coronavírus em Santa Catarina deve aumentar com o lançamento feito pela Fapesc do Programa de Pesquisa Universal.
Serão destinados R$ 4 milhões para todas as áreas de conhecimento.
Podem ser contemplados até 200 projetos com recursos que variam de R$ 20 mil a R$ 80 mil.
As inscrições vão até 23 de setembro clicando aqui.