A soja ocupa cada vez mais espaço nas lavouras de Santa Catarina. Em 8 anos, o estado ampliou em 43,5% a quantidade produzida e em 32,3% a área plantada, alcançando 2,29 milhões de toneladas colhidas na última safra.
Os números foram levantados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
“A produção de soja é estratégica e de fundamental importância para Santa Catarina, não só pelas exportações mas também pelo seu papel na composição da nutrição animal. Devemos lembrar que a produção de suínos e aves é o carro-chefe do nosso agronegócio”, destaca o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.
No estado, a soja é cultivada em 16.849 propriedades rurais, com a produção gerando uma receita de R$ 2,8 bilhões, representando 8,2% no Valor Bruto da Produção Agropecuária estadual.
REGIÃO
A região de Xanxerê é a maior produtora catarinense de soja, com 502,8 mil toneladas colhidas em 150,5 mil hectares.
O aumento é percebido também em Curitibanos, que contempla o município de Campos Novos. Em oito anos, as lavouras de soja passaram a ocupar 110 mil hectares, um aumento de 36 mil hectares.
PREÇO
Em julho, os preços da soja apresentaram os maiores valores desde 2014. No mês passado, os valores pagos aos produtores foram 3,64% maiores em comparação com junho.
Nos últimos doze meses, a alta foi de 33,7%. Em agosto, a escalada de preço teve sequência.
No dia 3 de agosto, os produtores receberam R$103/sc, enquanto que no dia 17 de agosto esse valor subiu para R$117/sc, acompanhando a elevação do dólar.
A valorização das commodities agrícolas está relacionada à maior demanda internacional pelos grãos, uma forma de garantir estoques e segurança alimentar.
EXPORTAÇÃO
Os embarques de soja de janeiro a julho de 2020 somaram mais de 1,63 milhão de toneladas, volume recorde da série histórica desde 1997.
Cerca de 90% dos embarques foram destinados para China, que apresentou uma forte demanda no primeiro semestre.