O Governo do Estado, produtores rurais, empresas públicas parceiras e iniciativa privada trabalham juntos para obter a Indicação de Procedência (IP) dos vinhos de altitude de Santa Catarina.
O selo fortalece e consolida a qualidade diferenciada dos produtos, tornando-os conhecidos dentro e fora do Brasil, além de alavancar os negócios do setor.
Para isso, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em parceria técnica com a Embrapa, UFSC e Sebrae, desenvolveu os estudos técnicos para subsidiar a delimitação da área geográfica.
A Vinhos de Altitude – Produtores e Associados, associação requerente da indicação geográfica, referendou a área que representa 23,2% do território do estado, onde a altitude majoritariamente é superior a 900 metros, abrangendo 32 municípios.
A pesquisadora da Epagri, Cristina Pandolfo, explicou que a empresa fez estudos de caracterização da região, como solos, clima e uso e cobertura da terra. Os técnicos ainda foram responsáveis pela atualização do cadastro dos produtores e vinhedos de altitude no estado. Também foi caracterizada a cadeia produtiva, por meio da análise das estruturas e sistemas de produção, gestão, mercado e indicadores econômicos. A equipe analisou os vinhos da região, descrevendo aspectos físico-químicos e sensoriais que representam a qualidade da bebida de Santa Catarina.
“A solicitação de registro da IP junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) já foi feita, e o processo está em trâmite. Esperamos que, no mais tardar, em 2022, o registro seja confirmado. Com a Indicação Geográfica, os produtores poderão utilizar um selo de qualidade em seus produtos, que dará aos consumidores a garantia de comprar um produto diferenciado e incrementar o enoturismo gastronômico na região”, destaca a pesquisadora.