As vendas do setor supermercadista de Santa Catarina registraram crescimento de 10,47% em janeiro comparado com o mesmo mês do ano passado.
Os índices, já deflacionados, foram apurados na pesquisa mensal do Termômetro de Vendas, da Associação Catarinense de Supermercados (ACATS).
Participaram desta amostragem empresas de todos os portes e regiões do estado.
O presidente da entidade, Francisco Crestani, observa algumas particularidades que influenciaram no resultado:
“O sábado historicamente é o melhor dia de vendas da semana e um sábado a mais tem relevância no faturamento mensal das empresas no mês em questão”.
Outro detalhe, de acordo com ele, é que a ocorrência da pandemia fez encolher o número de viagens de férias tanto do turismo de outros estados como no turismo interno, fazendo com que o gasto com a cesta de compras das famílias ganhasse compensação neste período:
“O deslocamento interno bem menor do que em outros anos fez crescer o fluxo de consumidores em lojas das regiões situadas fora da faixa litorânea. Quem não viajou ao litoral comprou mais na sua cidade neste período, o que fortaleceu o resultado estadual”.
Como terceiro argumento, o presidente lembra que em janeiro do ano passado não havia impacto da pandemia, com uma realidade bem diferente na questão da alimentação fora do lar do que neste período atual:
“Os cuidados de prevenção modificaram os hábitos de muitas famílias, as quais optaram por mais preparo de refeições em casa e com isso cresceu a cesta de compras de alimentos e junto com isso também as compras não presenciais por canais digitais. Esta tendência acabou se consolidando ao longo de 2020 e como a Pandemia não passou, com certeza o período de janeiro de 2021 também foi influenciado por esta nova realidade”
PÁSCOA
As empresas do setor já começam a encomendar itens típicos da campanha de Páscoa, uma das melhores datas comemorativas do varejo.
Na pesquisa feita pela entidade prevalece o otimismo com certa moderação, com 47% dos empresários indicando que compraram mais produtos do que na campanha do ano passado, 12% a mais, na média.
Para 37% dos entrevistados, as quantidades serão praticamente as mesmas do ano passado e somente 16% responderam que compraram menos produtos, cerca de -17%, na média, pelas respostas.