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Novos desafios rumo ao crescimento do cooperativismo

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Foto: divulgação

Por Moacir Krambeck, presidente da Central Ailos e da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras)

Mesmo em tempos difíceis, o cooperativismo continua fazendo seu trabalho. Justamente porque sua essência de origem é muito semelhante aos dias de hoje. Naquela época, bem como agora, havia desemprego e fome, situações que foram amenizadas com a criação do movimento cooperativista, que não prioriza o lucro, e sim, a distribuição da riqueza e a cooperação entre as pessoas. Desta forma, compartilhamos necessidades, conhecimento e conquistas.

As cooperativas são o melhor exemplo de que, unidos por um só propósito, podemos transformar o mundo em que vivemos em um lugar mais justo e igualitário. Se, separadamente, elas já fazem a diferença, imagine quando somam suas forças. Ao longo de muitas décadas de carreira, pude confirmar que, juntos, somos mais fortes. Principalmente quando a comunidade faz parte desta união.

Quando iniciei no cooperativismo, na antiga CrediHering, atual Viacredi, cooperativa filiada ao Sistema Ailos, éramos apenas algumas pessoas com um desejo em comum: facilitar e melhorar a vida da comunidade. O objetivo era crescer de mãos dadas com nossa gente. Agregar, somar, engrandecer. Sabíamos que chegaríamos lá, mas o que temos hoje, quase 20 anos depois, é muito mais do que um número, é um sonho realizado. Somos 13 cooperativas com diversos postos de atendimento espalhados pelo Sul do Brasil, uma Central e mais de 1 milhão de pessoas. Até 2025, queremos dobrar esse número. Acreditamos no que o movimento cooperativista pode fazer pelas pessoas, principalmente àquelas que não costumam ter acesso facilitado à educação e às soluções financeiras. Estamos aqui para isso.   

Essa também é a realidade para os associados da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras). Criada em 1986 com o objetivo de representar o cooperativismo no país, a entidade segue apoiando as cooperativas de crédito, disseminando as vantagens do cooperativismo e reforçando a importância dele para um desenvolvimento saudável e sustentável das comunidades. Neste momento da minha vida, tomar posse como o presidente da Confebras é uma honra sem tamanho. Me sinto realizado por ter a chance de elevar o propósito cooperativista, no qual acredito tanto, e torná-lo ainda mais forte em todo o Brasil. Mais do que nunca, me sinto motivado a continuar trabalhando em busca deste objetivo.

Para quem está neste movimento há muito tempo, como eu, o cooperativismo significa muito mais do que um modelo econômico. Trata-se de uma filosofia de vida, que direciona a atuação como pessoa e profissional. Porque quem tem princípio, tem perenidade. O valor do sistema cooperativista vai muito além do reconhecimento de organizações com diferenciais e vantagens competitivas. Ele está nas pessoas, na priorização do relacionamento e na proximidade com o cooperado. Para mim, a presidência da Confebras não é apenas um título, mas sim uma plataforma que me permitirá seguir aprendendo e aplicando o conhecimento destes anos de dedicação ao cooperativismo.

Nossa força se mostrou essencial neste período de pandemia. Tivemos um crescimento significativo. Muito, acredito eu, pelo fato de que as cooperativas estão sempre buscando formas de se moldar para atender as demandas da comunidade. Somos 12,6 milhões de cooperados num país com mais de 220 milhões de pessoas. Temos um grande desafio à frente, que é dobrar o tamanho do cooperativismo de crédito no Brasil até 2022. Para isso, contamos com o apoio do Banco Central, através do programa #BC. Sabemos que a força de uma entidade como a Confebras também faz toda a diferença. Ela congrega as experiências e expectativas de muitas cooperativas para, então, apontar um caminho rumo à realização dos sonhos das pessoas. À Confebras caberá a divulgação do cooperativismo em todo o país, de Norte a Sul e Leste a Oeste. Embarco nessa jornada certo de que o desafio será grande, mas também extremamente compensador. 

cooperativismo acredita que a mudança acontece quando todos olhamos juntos para a mesma direção. Eu também acredito nisso. E é o que nós temos feito e vamos continuar fazendo ao longo desse tempo dedicado ao movimento que tanto faz pela vida das pessoas.

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