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Empregos crescem mas efeitos da pandemia persistem

Foto: Fotos-GE/Pixabay

Santa Catarina encerra o mês de abril com o terceiro maior volume de empregos gerados do Brasil, cerca de 100 mil novos trabalhadores, ficando atrás de São Paulo e Minas Gerais.

Os números do estado são bons, principalmente se considerar o tamanho das economias. O valor de empregos gerados no estado catarinense é o maior em termos relativos, sendo de 14 vagas para cada mil habitantes, muito superior à média nacional, de 4,6 vagas a cada mil habitantes.

Entre os municípios, se destacam positivamente Vargem, Campo Alegre, Urupema e Nova Trento, além das grandes cidades de Joinville, Blumenau, São José e Itajaí.

Por outro lado, Bombinhas e Garopaba registram perda de quase mil postos de trabalho no ano, o que é reflexo do contexto da pandemia.

Apesar do bom desempenho a nível nacional e do efetivo retorno da geração de vagas em quase a totalidade dos municípios, o desempenho das atividades econômicas ainda registra marcas características da pandemia, revelando a disparidade entre  setores.

Entre aqueles que conseguiram se adaptar à nova situação, a construção segue em ritmo mais acelerado, com 6 mil novos colaboradores, é o setor de maior volume, após a contratação sazonal da indústria de vestuário. 

No comércio, a setorização também permanece, as contratações para vendas de materiais de construção e produtos farmacêuticos estão elevadas, mas as atividades voltadas ao comércio de vestuário seguem estagnadas ou em queda.

Os pequenos comerciantes e os empresários do entretenimento são os mais prejudicados. Considerando os últimos meses desde os primeiros reflexos da pandemia na economia catarinense, em março do ano passado, os setores da alimentação e alojamento ainda permanecem com saldo negativo, em quedas de cerca de 15 mil trabalhadores.

Portanto, o percurso ainda é longo, há muito o que recuperar e os municípios que dependem mais do comércio precisam encontrar alternativas para manterem suas economias aquecidas. Investimentos em imóveis e setor de construção se revelam como uma saída importante para manter o nível de emprego e gerar renda.

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Doutor em Economia e sócio da Caravela Soluções

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