Maricultores estabelecidos no Parque Aquícola, na Baía Sul, em Florianópolis, já podem pedir autorização para cultivo da macroalga Kappaphycus alvarezii.
Nesta quinta-feira, dia 12, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) concedeu ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) licença ambiental de operação para cultivo comercial
A macroalga pode representar uma importante fonte de renda para os maricultores do estado. Ela produz a carragenana, usada como espessante pelas indústrias químicas e alimentícias.
Só em 2015 o Brasil importou 1.836 toneladas do produto, ao custo de US$ 16 milhões. Também está em franco crescimento a produção de biofertilizante a partir desta matéria-prima, pagando ao produtor entre R$ 3 e R$ 5 o quilo de alga fresca.
A autorização é válida por quatro anos, período em que o maricultor deverá realizar o monitoramento ambiental e enviar um relatório anual.
Pesquisa
Há mais de uma década, a Epagri/Cedap e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estabeleceram uma forte parceria institucional que resultou em diversos estudos para viabilizar a produção da macroalga em Santa Catarina.
Em 2009, começaram os cultivos experimentais em Florianópolis, que depois se estenderam para os municípios de Governador Celso Ramos e Penha.
Tais ampliações eram condicionantes para a liberação dos cultivos comerciais, impostas pelo então Ibama, órgão licenciador de espécies exóticas.
Até agora, apenas Rio de Janeiro e São Paulo estavam liberados para cultivos comerciais.