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NFT e o futuro das marcas

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Foto: nickyandell72/Pixabay

Nos últimos tempos, uma onda de novas tecnologias está convergindo para criar um novo cenário de explosão de inovação digital.

Além do metaverso se tornar o foco das corporações digitais, e as criptomoedas surgirem como foco de investimento, um novo termo aparece: NFT.

Tokens não fungíveis (NFT). 3 letras que estão revolucionando o mundo das artes, da música, dos games, e que podem transformar o mundo das marcas também.

Não fungível significa que não podem ser substituídos. NFT é uma tecnologia baseada em blockchain que permite que se criem produtos digitais exclusivos, únicos, que podem ser comercializados como obras de arte, com altíssimos valores.

Para fazer uma analogia do mundo real, é dar a um item digital características de uma obra de arte única, com a Monalisa, que foi pintada uma vez e está exposta no Museu do Louvre.

A Monalisa tem reproduções de baixo custo que são vendidas em todo o mundo, mas o original tem valor inestimável. É isso que a tecnologia NFT emula no mundo digital. Uma obra de arte NFT é única, nesse contexto.

Mas a NFT vai muito além, ela pode ser a base tecnológica que pode transformar a maneira como se estabelece contratos, de forma totalmente descentralizada, transferindo poder para as pessoas.

E, para as marcas, as possibilidades são infinitas. Desde a criação de ativos digitais únicos para premiar consumidores, até a criação de produtos digitais para gerar receita e construir relações profundas com as pessoas no metaverso.

Um exemplo: A NBA (Liga de Basquete dos EUA) começo a lançar produtos digitais e criou a NBA Top Shots, que faz parte do mundo das NFTs. O NFT de um vídeo de Lebron James fazendo uma enterrada foi comprada por US$ 208.000,00. Já existem mais de 800 mil pessoas registradas na NBA Top Shot, gerando mais de 500 milhões de dólares em vendas. A NBA conseguiu simplificar o acesso dos fãs a essa nova tecnologia de uma forma que ajuda a aumentar ainda mais seu engajamento com o segundo esporte mais popular dos Estados Unidos.

A Taco Bell, rede norte-americana de fast-food, criou uma ação beneficente envolvendo a venda de 25 NFTs, chamados de NFTacobells, que consistiam em imagens GIFs exclusivas. O leilão terminou em 30 minutos e arrecadou milhares de dólares para o projeto Live Más Scholarship. Uma forma de gerar buzz e engajamento do público com a marca e em favor de uma boa causa.

No mundo da música um caso interessante foi a venda de NFTS feita por Grimes. A cantora, também conhecida como ex-companheira de Elon Musk, faturou 6 milhões de dólares em 20 minutos com a venda de 10 NFTs de suas músicas.

Estamos apenas no começo dessa nova jornada digital. AS aplicações possíveis para essa nova tecnologia ainda estão sendo experimentadas, com resultados diversos. Há um universo novo para ser criado, com potencial de multiplicar a geração de valor para as marcas, ao mesmo tempo em que enoja a as pessoas.

Para quem quer gerar valor com essa nova tecnologia, de um lado é necessário entender a fundo seus aspectos técnicos, e de outro é imprescindível compreender como essas ofertas vão realmente se conectar com as pessoas, para construir relacionamentos e gerar percepções positivas.

As NFTs, assim como a tecnologia blockchain que faz com eles sejam possíveis, tem potencial para fazer parte significativa do panorama digital no futuro. Novos meios de interagir com a audiência estão sendo viabilizados, podendo criar novas experiências positivas. As marcas precisam estar atentas a estas possibilidades.

Afinal, independente de estarmos no mundo real ou no metaverso, estamos falando de pessoas, com seus sentimentos, desejos e necessidades. E as pessoas devem estar no centro das estratégia das marcas, independente da tecnologia utilizada.

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Estrategista de marcas, especialista em inovação de marketing e fundador da Nexia Branding.

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