Siga nas redes sociais

Search

Meu deslize e a perda de uma chance: the book is not on the table

Crédito: Rodrigo Parucker.

Tenho muito orgulho de muita coisa que construí ao longo da minha carreira. Da coragem de mudar de área à participação efetiva no processo de M&A (fusão e aquisição) da empresa que fui sócio para uma multinacional, foram anos de trabalho, estudo e dedicação para chancelar as conquistas que tive.

Mas se engana quem pensa que sentir-se totalmente satisfeito com meu desempenho profissional é uma verdade. A realidade, nua e crua, vai muito além daquilo que descrevo no Linkedin.

Confesso que pensei bem antes de assumir uma certa falha profissional, mas vi esta oportunidade como um compromisso pessoal que posso firmar publicamente.

Não posso escrever apenas sobre meus acertos achando que eles podem ensinar ou servir de exemplo pra alguém: preciso falar sobre o que não fazer, ou seja, sobre minhas falhas.

Para quem ainda não sabe, a PagueVeloz, fintech da qual fui sócio, foi adquirida pela Serasa Experian e agora faz parte desse grupo empresarial global, uma companhia aberta com capital lançado na Bolsa de Valores de Londres.

É uma multinacional gigantesca, presente em 44 países, com 20 mil funcionários e é a maior empresa de prestação de serviços de dados do mundo.

Ser diretor de operações de uma fintech vinculada a uma empresa dessa magnitude foi motivo de muita comemoração, mas também me impulsionou a olhar o quanto ainda tenho a trilhar.

Recentemente, por exemplo, o CEO global da companhia, Brian Cassin, esteve em Blumenau. Acho que foi a primeira vez que isso aconteceu. Eu adoraria estar compartilhando aqui que aprendi muito com ele, não fosse um detalhe: eu não falo inglês. “Cara, como assim tu não fala inglês?” Pois é, não falo e hoje tenho vergonha disso.

Tenho graduação, pós-graduação, MBA, anos de experiência, networking com pessoas incríveis mas, ainda assim, não sou fluente em mais nenhum idioma além do português, o que me limita daqui pra frente no que diz respeito ao crescimento profissional.

A aquisição da PagueVeloz talvez tenha sido o movimento mais estratégico que a Serasa já fez para impactar positivamente a vida dos brasileiros, no sentido de inseri-los novamente no mercado de crédito, melhorando vidas e contribuindo para a economia do país.

Estamos cada vez mais empolgados com o projeto e impressionados com a magnitude e o impacto que nosso negócio pode trazer para a sociedade, porém não tive a oportunidade de conhecer nem explicar isso tudo para o CEO global da companhia.

Eu poderia ter começado a estudar um segundo idioma antes, poderia ser fluente pelo menos em inglês, mas sempre achei que poderia fazer isso depois, que não era uma urgência.

Quando eu terminei o Ensino Médio, muitos amigos se aventuraram num intercâmbio, buscando conhecer outras culturas e desenvolver uma segunda língu. Eu sempre achei que o foco deveria ter o diploma do ensino superior o quanto antes.

Hoje percebo que, quanto antes e quanto mais investimos na nossa carreira, menos nos arrependemos no futuro.

Resolvi falar abertamente sobre isso porque não raro vejo bons profissionais (empreendedores, diretores, gerentes) conformados com a posição que alcançaram. Talvez eu tenha sido um deles em algum momento da vida.

Mas o fato é que aprender faz parte da evolução constante necessária ao ser humano. Boa parte da população talvez não tenha tido, infelizmente, a chance de aprender outra língua.

Mas se você precisar disso para a sua carreira e adiar os estudos, pode perceber que, no que diz respeito aos seus concorrentes profissionais, esse requisito seja básico.

Embora pareça um comentário exagerado, hoje vejo que quem não sabe falar uma segunda língua, não é gente. Evoluir é uma constante que nunca para.

Podemos estar na casa dos 20, 30, 40 ou 80 anos. Sem buscar novos aprendizados, mais cedo ou mais tarde, ficaremos parados no tempo, independentemente da nossa idade.

O ano mal começou e eu já tenho um novo desafio pela frente e entendi que tenho muito a aprender e ouvir, além de compartilhar. Voltei para o banco da escola para aprender a falar inglês.

E você, quais barreiras descobriu na sua carreira, que se contasse pouca gente acreditaria? Se você quiser trocar mais experiências, meu Linkedin está aberto a bons debates. Afinal, aprender é necessário. See you later 😉

Compartilhe

Diretor de operações da PagueVeloz

Leia também

Receba notícias no seu e-mail