A erva-mate do planalto norte de Santa Catarina recebeu nesta semana a Indicação Geográfica (IG) na categoria Denominação de Origem (DO), conferido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
Esta é a sétima indicação conquistada pelo estado. Desta vez, foi solicitada pela Associação de Produtores de Erva-mate do Planalto Norte Catarinense (Aspromate), com financiamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e apoio da Epagri, do Sindimate/SC, das universidades e prefeituras da região.
Coube à Epagri produzir a documentação necessária para solicitação do registro, bem como fazer a delimitação geografia da área de abrangência.
A indicação abrange os municípios de Bela Vista do Toldo, Canoinhas, Irineópolis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, Timbó Grande, Três Barras e parcialmente os municípios de Caçador, Calmon, Campo Alegre, Itaiópolis, Lebon Régis, Santa Cecília, Santa Terezinha e São Bento do Sul.
O planalto norte catarinense produz em média 100 mil toneladas de erva-mate a cada ciclo, a metade do total no estado.
Ele estima que cerca de 80% deste total é produzido no sistema tradicional, ou seja, sob a sombra da mata. O restante vem de lavouras de monocultivo, que não receberão o selo.
Além disso, 70% da produção de erva-mate da região é exportada, principalmente para o Uruguai, Chile, Argentina, Paraguai e até países da Europa.