Em janeiro, o MIDITEC foi reconhecido como uma das cinco melhores incubadoras do mundo pelo UBI Global. Esta é a terceira vez que o programa da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) em parceria com o Sebrae/SC aparece no World’s Top University-linked Business Incubators & Accelerators.
Com 24 anos de atuação, o programa de incubação já apoiou mais de 250 empresas. A rede atende negócios de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Chapecó, Brusque e Rio do Sul.
Para saber como a incubadora chegou nesse patamar, o Economia SC Drops conversou com Natalia Ferreira, gerente de programas estratégicos da ACATE. Confira abaixo:
Como foi 2022 para o Miditec?
Natalia: Em 2022, consolidou o seu modelo de trabalho em rede, através da implantação da metodologia de incubação em outras incubadoras catarinenses. Ao total, a Rede MIDITEC fechou o ano com 10 incubadoras e mais de 75 incubados com a metodologia Miditec. Foi também um ano em que tivemos um significativo aumento de empresas investidas: foram 28 empresas que receberam investimentos, como a Zipper, Beepay, Ahoy, PecSmart, Nono, Ritmo do Esporte, Voltabrás, entre outras. Esse é um reconhecimento importante, pois mostra que o modelo de incubação impacta significativamente no desenvolvimento e evolução das startups e, portanto, atrai os interesses de investidores-anjo e fundos de investimentos. Também foi um ano que o Miditec lançou o seu novo produto com o LinkLab, programa de inovação aberta da ACATE. Esse é um produto voltado para corporações, onde é implantada a metodologia de incubação em projetos de negócio em grandes corporações e o primeiro projeto está sendo implantado na Vale.
Como isso impacta o ecossistema de inovação do estado?
Natalia: O MIDITEC impacta no ecossistema mediante a geração de novas startups, principalmente startups com alto potencial de escalabilidade que geram empregos e renda para o estado. Cases como o da RD Station, por exemplo, geram inúmeros empregos e renda para Santa Catarina, e assim contribuem para o desenvolvimento sócio e econômico. Além disso, é importante destacar que as empresas que passam pelo MIDITEC tem uma alta taxa de sobrevivência que hoje é mais de 95%, principalmente quando se verifica as empresas que se graduaram no Miditec nos últimos 5 anos.
O MIDITEC foi reconhecida como uma das melhores incubadoras do mundo pelo UBI Global. Como foi receber esse reconhecimento e quais os efeitos disso?
Natalia: Esse foi um reconhecimento que consolida o papel do MIDITEC no ecossistema catarinense e chancela a eficácia e impacto da metodologia de incubação que aplicamos, principalmente quando se faz a comparação com centenas de outros programas de incubação de diferentes países. Ao total, foram mais de 600 programas analisados de mais de 90 diferentes países. Além disso, o prêmio nos mostra que estamos no caminho certo em relação a expansão deste modelo de incubação para outras incubadoras.
Quais estratégias foram usadas para alcançar esse nível?
Natalia: O modelo de avaliação do UBI segue uma metodologia própria, onde a equipe de cada incubadora submete os seus indicadores de performance anual. Nesta última edição os dados foram referentes ao ano de 2021, e contempla tanto dados de operação, quanto os resultados das startups apoiadas. Nesse sentido, só alcançamos esse nível pois recorrentemente estamos buscando a melhoria contínua e ano após anos elevamos nossos resultados em busca de geração de cada vez mais impacto. Ao total, o framework do UBI mensura e avalia 21 KPIs em 3 pilares principais: valor do programa para o ecossistema, valor para as startups clientes e valor para o programa. As etapas para geração do Benchmarking é composta por 5 fases, são elas:
Quais as metas para este ano?
Natalia: Para este ano, o objetivo do MIDITEC e sua rede é expandir ainda mais o seu impacto, tanto em termos de ampliar o número de incubadoras operando com a metodologia de incubação MIDITEC e, consequentemente, mais startups apoiadas, quanto expansão para além do estado de Santa Catarina. Nosso objetivo é ampliar esse impacto a nível nacional, apoiando no desenvolvimento de outras regiões.
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